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Enquanto governos, órgão ambientais e de pesquisa, pescadores e empresas discutem a responsabilidade e as conseqüências da explosão do Vicuña, a natureza espera a conscientização de todos para um problema cada dia mais complexo: a degradação do meio ambiente. Mesmo intensificada com acontecimentos inesperados, como o acidente no Porto de Paranaguá, ela está presente no cotidiano paranaense.

A falta de estações de tratamento de esgoto no litoral, onde diariamente são despejados dejetos no mar, a destinação irregular do lixo doméstico e industrial, os agrotóxicos largados às margens de nascentes fluviais, a pesca em épocas proibidas e até mesmo as variações climáticas formam o chamado impacto crônico ao meio ambiente. "O impacto causado pelo derramento do óleo na baía é intensificado pelo impacto crônico", afirma o coordenador do Doutorado de Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná, Paulo Lana.

Ele lembra que é necessária a conscientização de todos – população, governos e empresas – para que a natureza possa perpetuar seus benefícios e belezas. "A atenção tem de ser redobrada em todos os sentidos. Deve-se atentar aos riscos do impacto causado pelo acidente, mas não se deve esquecer os demais problemas ambientais, que persistem durante todos os dias do ano", reforça. "A contaminação crônica do sistema reduz a taxa de reprodução dos organismos e a longo prazo traz grandes e irreversíveis prejuízos", lembra o especialista. (ML)

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