Brasília (Folhapress) O presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral, solicitou à Polícia Federal uma cópia do depoimento prestado ontem pelo ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, apontado como responsável pela lista do suposto esquema de caixa 2 que envolveria políticos do PSDB, PFL, PMDB e outros partidos.
No depoimento, Dimas reafirmou não ter feito a lista ou alguma doação de recursos para campanhas eleitorais.
O ex-diretor de Furnas deve prestar depoimento à comissão na próxima quarta-feira e a expectativa dos oposicionistas, listados no documento, é de que a negativa seja reforçada à CPI.
Amaral disse ontem que, na próxima semana, com o depoimento de Dimas Toledo à CPI, será possível obter as informações necessárias para fazer um juízo de valor sobre as declarações do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) a respeito da relação dos que teriam recebido dinheiro da estatal, porque existem questionamentos até mesmo sobre a autenticidade do rol.
"Porque, efetivamente, essa lista causou uma polêmica muito grande. A minha expectativa é que, em função das convocações feitas pela CPI, estejamos criando as condições para esclarecer os fatos", afirmou.
Sobre a convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para que ele fale sobre a autenticidade ou não da lista de Furnas como quer a oposição Delcídio acha que, por enquanto, a medida não se justifica. Segundo ele, é preciso "queimar etapas", como entende ser a decisão de, antes de ouvir o ministro, pedir à Polícia Federal que se manifeste sobre a autenticidade da lista.
"A Polícia Federal é o órgão para legitimar ou não este documento".
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