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Caso Rachel Genofre

Delegada descarta envolvimento de analista de sistemas na morte de Rachel

Homem detido por pedofilia no bairro Uberaba, no domingo (23), estava preso no interior de São Paulo na época em que a menina foi morta em Curitiba

A delegada Vanessa Alice, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), descartou o envolvimento do analista de sistemas Jorge Carlos Palma, de 60 anos, no assassinato da menina Rachel Genofre, de 9 anos. Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (28), a delegada responsável pela investigação disse que Palma estava preso em Serra Azul, no interior de São Paulo, em novembro de 2008, quando a menina foi morta. O corpo de Rachel foi encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba.

O analista de sistemas foi preso pelo serviço reservado da Polícia Militar (PM) no bairro Uberaba, em Curitiba, no domingo (23). Ele é suspeito de pedofilia, além de ter mandados de prisão por abuso de crianças em dois estados. Em 2002, ele teria abusado sexualmente de uma criança em Mogi Mirim (SP) e em 2006 em Poços de Caldas (MG).

Palmas foi detido depois da denúncia do proprietário de uma lan house que ele frequentava. O analista de sistemas foi encaminhado para o Centro de Triagem II, no Complexo Penitenciário de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.

Exame

Mesmo já descartada a possibilidade de envolvimento de Palma no caso Raquel, o Instituto de Criminalística recolheu material genético dele para análise. O material entrará no banco genético de pedófilos da Secretaria de Segurança Pública, que auxilia na polícia na investigação de casos.

"No dia do crime, ele (Palma) estava preso", explica a delegada. Em dezembro, Palma foi beneficiado por um indulto de Natal. Autorizado pela Justiça a passar as festas de fim de ano em casa, o analista de sistemas não voltou mais para o presídio, vindo para Curitiba. No período em que ficou na cidade, o acusado de pedofilia permaneceu na casa de um amigo no bairro Uberaba.

Segundo a assessoria de imprensa da Sesp, o procedimento de coleta de material tem sido adotado para todos os presos com suspeita ou acusação de pedofilia desde o início das investigações sobre o caso Rachel.

No blog que mantém na internet, Michael Genofre, o pai da menina, afirmou que o detido não é conhecido da família. "Não tenho nenhuma relação com o suspeito em questão, sequer o conheço", escreveu.

Michael Genofre afirmou que ainda espera Justiça no caso. "Minha família e eu queremos o quanto antes a prisão do responsável, mas dentro de evidências científicas e através de um julgamento correto da Justiça brasileira".

Relembre o caso

Rachel desapareceu no dia 3 de novembro de 2008, quando saiu do Instituto de Educação, no Centro de Curitiba, onde estudava. A menina era filha de uma professora e ia e voltava todos os dias sozinha da Vila Guaíra, onde morava, até a escola, de ônibus. O desaparecimento estava sendo investigado desde o dia do sumiço pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).

Na madrugada do dia 5, o corpo da menina foi encontrado dentro de uma mala que estava embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual da Rodoferroviária de Curitiba. O corpo estava inteiro, ainda com a camiseta do uniforme do colégio e apresentava sinais de estrangulamento. Médicos do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que a menina sofreu violência sexual.

Três dias depois da tragédia, o ex-presidiário Jorge Luiz Pedroso Cunha, de 52 anos, foi preso em Itajaí, Santa Catarina, considerado pela polícia suspeito do assassinato de Rachel. O resultado do exame de DNA, entretanto, descartou o envolvimento de Cunha na morte da menina. Ele permaneceu preso, entretanto, por conta de outro crime, atentado violento ao pudor contra uma criança de 6 anos, ocorrido em 2007.

O caso passou a ser investigado por uma equipe do Cope, e dezenas de suspeitos já foram descartados desde então. Após a repercussão do crime, a Urbanização de Curitiba S.A.(Urbs) instalou câmeras de segurança na rodoviária de Curitiba. Na época em que a menina foi encontrada, a falta dos equipamentos foi apontada como um dos empecilhos para elucidar o caso.

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