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A delegada Ana Maria dos Santos, da Polícia Civil de Minas Gerais, primeira testemunha ouvida no julgamento do goleiro Bruno Fernandes de Souza e sua ex-mulher Dayanne Souza, disse que o então adolescente primo de Bruno, Jorge Rosa, não aparentava estar drogado quando tomou o seu depoimento, em 2010.

Testemunha da promotoria, a fala da delegada teve o propósito de apagar eventual tentativa da defesa do jogador de descreditar o depoimento de Jorge, atualmente com 19 anos. Foi ele quem trouxe à tona toda a trama do desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Em recente entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, o primo de Bruno afirmara que, na época em que prestou o depoimento para a polícia do Rio de Janeiro, revelando a morte de Eliza Samudio, ele fazia uso de drogas. Por isso a preocupação da acusação em dar crédito ao depoimento de Jorge.

A juíza Marixa Rodrigues quis saber se, durante o depoimento, Jorge parecia estar pressionado. A delegada negou. "O Jorge estava muito à vontade, inclusive estava sentado de forma despojada na cadeira", disse.

Outro ponto que a promotoria quis enfatizar foi a presença de um advogado no ato do depoimento prestado em uma unidade prisional para adolescentes, em Belo Horizonte, logo que foi transferido do Rio.

Segundo a delegada, uma assistente jurídica do centro de internação provisória acompanhou todo o depoimento do rapaz, que durou o dia todo. A assistente ainda questionou se Jorge queria parar de responder, mas ele disse que prosseguiria.

Envolvido no crime, Jorge cumpriu medida socioeducativa e foi libertado no ano passado. Testemunha-chave convocada pela acusação e pela defesa, ele não compareceu para depor no julgamento. Dayanne

Outro ponto relevante do depoimento da delegada foi o que cita Dayanne como responsável por esconder Bruninho, o filho de Eliza com Bruno, depois que a polícia recebeu a denúncia do desaparecimento da mãe e do bebê.

Segundo a delegada, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, revelou que recebeu o bebê da ex-mulher de Bruno para ser escondido, já que a polícia estava atrás dele e da mãe.

Coxinha é amigo do jogador e também é acusado de ser carcereiro de Eliza no tempo que ela passou no sítio do goleiro. O depoimento da delegada já dura quase duas horas. O promotor é quem ainda faz as perguntas.

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