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O assassino do cartunista Glauco parecia não se importar com o que fez e até sorria para repórteres e policiais logo que foi preso | Chistian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo
O assassino do cartunista Glauco parecia não se importar com o que fez e até sorria para repórteres e policiais logo que foi preso| Foto: Chistian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • O assassino do catunista Glauco, preso em Foz do Iguaçu, confirma à reportagem ter cometido o crime

De acordo com o delegado Archimides Cassão Veras Júnior, o estudante de publicidade Felipe Iasi, de 23 anos, deve ser indiciado tão logo Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu, principal suspeito do assassinato do cartunista Glauco e seu filho Raoni, na madrugada de sexta-feira (12), seja ouvido.

A tarde desta segunda-feira (15) serviu para a polícia avançar na definição do papel de Iasi no crime. Segundo o delegado, o depoimento do estudante João Pedro Corrêa da Costa - que chegou ao local do crime ao lado de Raoni - deixou a situação de Iasi, que teria dirigido o carro até o local do crime, um pouco mais complicada. À polícia, o jovem teria dito nesta segunda que foi alvejado por Cadu e se escondeu no banheiro. Ao lado de Cadu, ele disse ter visto um vulto deixar a casa, que afirmou ser Felipe.

Veras Júnior afirmou que o depoimento de Costa pode ser descrito como confuso, pois o jovem ainda estaria assustado com o crime. Mas, segundo o delegado, contribuiu para enfraquecer a afirmação de Iasi de que ele não teria presenciado os tiros. "Seu indiciamento (de Iasi) será consequência do término do inquérito. O que falta definir é o grau de participação dele no crime", disse o delegado.

Carceragem

O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, suspeito da morte do cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos, e do filho dele, Raoni, de 25 anos, continuava sozinho no fim da tarde desta segunda-feira em uma cela separada da carceragem da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná. Até as 17h30, a PF não havia recebido o pedido oficial de transferência dele para São Paulo.

O suspeito fez exames no Instituto Médico-Legal (IML) na tarde desta segunda. Ele foi preso em Foz do Iguaçu quando tentava atravessar a Ponte da Amizade, fronteira entre o Brasil e o Paraguai. O jovem estava em um carro que foi roubado em São Paulo, na Vila Sônia, na Zona Sul, no domingo (14). No Paraná, Cadu tentou furar um bloqueio policial e atirou contra agentes rodoviários federais. Um policial levou um tiro no braço e passa bem. A arma apreendida com ele seria a mesma usada no crime.

A transferência de Cadu para São Paulo ainda depende de um pedido da Polícia Civil paulista à Justiça Federal no Paraná e pode ocorrer a qualquer momento. Além da possibilidade do pedido de transferência, o suspeito pode ser interrogado por carta precatória. Agentes da Polícia Civil de Osasco também podem se deslocar até o Paraná para ouvi-lo.

Terceiro alvo

Representante da família do cartunista Glauco e de seu filho Raoni, o advogado Ricardo Handro disse que uma terceira pessoa foi alvo do estudante Eduardo Sundfeld Nunes enquanto ele disparava. De acordo com ele, João Pedro Corrêa da Costa, que prestou depoimento na tarde desta segunda no Setor de Investigações Gerais da Delegacia Seccional de Osasco, conseguiu escapar ileso da cena do crime.

Ricardo Handro acompanhou nesta segunda os depoimentos da enteada de Glauco, Juliana, e da namorada de Raoni, Gecília. Elas chegaram por volta do meio-dia à delegacia e deixaram o prédio por volta das 16h, sem falar com a imprensa. De acordo com o advogado, as jovens formalizaram o que já haviam dito informalmente à polícia sobre o assassinato.

Handro leu uma nota em que a família expressa agradecimento às mensagens de apoio recebidas de todo o mundo e também agradecem ao apoio da polícia na prisão do suspeito de assassinato.

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