Segundo o delegado Armando Braga, da Delegacia de Delitos de Trânsito, as hipóteses de embriaguez ao volante e de mal-súbito do motorista estão descartadas na investigação sobre o acidente na Praça Tiradentes. Braga afirmou que nenhuma das testemunhas fez qualquer menção de que o motorista José Aparecido Alves, 49 anos, estivesse bêbado. Mesmo assim, o condutor se submeteu espontaneamente ao exame de dosagem alcoólica. "Tudo aponta para a existência de falha mecânica, mas isso só vai ser confirmado quando a perícia do Instituto de Criminalística examinar o sistema de freio, de aceleração e de direção", disse Braga.
Oito testemunhas já foram ouvidas pela polícia: o próprio motorista, dois passageiros, um taxista, o motorista do Peugeot que foi atingido, dois funcionários das Lojas Pernambucanas e um pedestre. Ontem ninguém prestou depoimento e o dia foi para separar a documentação, de acordo com a delegada adjunta Márcia Marcondes.
Perícia
Márcia afirmou que somente o laudo da perícia, que deve ficar pronto daqui a um mês, irá solucionar o ocorrido. Uma prova que irá ajudar na investigação é a imagem da câmera de vídeo da prefeitura instalada na praça Tiradentes. Porém, a prefeitura diz que a câmera, que tem rotatividade de 360°, não captou o acidente. Outra ferramenta para a investigação, segundo a delegada, será o tacógrafo do ônibus, que irá indicar a velocidade do ônibus na hora do acidente, que ainda não foi apresentada pela perícia. O exame de dosagem alcoólica não ficou pronto.
Em depoimento, o motorista Alves afirmou que estava entre 40 e 50 Km/h e que não conseguia controlar o ônibus. Ele disse que o ônibus continuou acelerando sozinho e não era possível frear. Dois passageiros relataram à polícia que o barulho de aceleração estava muito alto. "Nenhuma testemunha falou de mal súbito nem o próprio motorista. Testemunhas disseram que ele estava ativo na condução do veículo", afirma a delegada. Se houver dúvida ou conflito de informações, ele será novamente interrogado.
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