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O delegado de Araucária, Rubens Recalcatti, que escreveu um livro sobre sequestros e foi titular da Delegacia de Furtos e Roubos, em Curitiba, orienta os usuários a terem muita cautela na internet, procurando não se identificar de maneira alguma. "A internet é uma excelente ferramenta para se comunicar e contactar pessoas, mas tem um lado negro", afirma.

Na prática, porém, o comportamento dele é diferente. Com cerca de 900 amigos no Orkut e acessando quase 400 comunidades, Recalcatti parece não ter nada a esconder na internet. No seu perfil virtual, é possível descobrir a intimidade do delegado: ouve Renato Borghetti, é "romântico assumido", "quer um amor para a vida toda", dorme tarde, tem simpatia pelo Paraná Clube, odeia Big Brother Brasil e tem uma risada escandalosa.

Recalcatti também não esconde que é policial e divulga uma foto em que aparece com o rosto desfocado segurando uma arma. Também acessa comunidades policiais, mas nunca do computador da delegacia, onde a abertura da página é proibida.

De 30 a 50 pessoas acessam por dia o perfil do delegado, que não tem ideia de quem seja a maioria delas. Ele chegou a receber ameaças, mas diz que, como homem público, naturalmente está exposto. Já quem é anônimo, deve se manter no anonimato, segundo ele. "Sei que não estou protegido e isso tem me preocupado. Pensei várias vezes em retirar as páginas, mas tenho tantos contatos e sei que vou perder uma linha de comunicação importante", defende. (BMW)

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