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Parente com camiseta da copeira Rosária Miranda, morta em confraternização com amigos. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Parente com camiseta da copeira Rosária Miranda, morta em confraternização com amigos.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O projétil que vitimou a copeira Rosária Miranda, 44 anos, em uma festa de confraternização de fim de ano no dia 23 de dezembro, partiu direto do apartamento da investigadora da Polícia Civil Katia das Graças Belo, lotada no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crime (Nucria). De acordo com o delegado chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Fábio Amaro, ao contrário do que a defesa da policial alega, a bala não ricocheteou antes de atingir a copeira.

O delegado conduziu a reconstituição da morte na noite de quinta-feira (5). O laudo ainda não foi concluído. “Não há nenhum outro ponto de onde pudesse ter saído o tiro”, explicou o delegado.

Para o advogado Peter Amaro, que defende Katia, a reconstituição não foi conclusiva. Segundo o defensor, a reprodução do fato não demonstrou concretamente que a janela da policial tenha sido a origem do disparo.

“Há dois terrenos antes, uma árvore na frente. Além disso, os moradores ouviram vários tiros. Mas a Katia afirmou que atirou uma vez e o local da perícia foi contaminado”, alegou. O advogado ainda afirmou que a perícia não encontrou o projétil no local do crime, nem no corpo da vítima. Portanto, segundo Amaro, a análise da balística - que poderia comprovar que a bala que matou Rosária é a mesma que saiu da arma da policial - está comprometida. A polícia, no entanto, não confirma esta informação.

Depoimentos de três vizinhos da policial descrevem que ouviam barulhos de tiros com frequência na região. A reportagem teve acesso ao depoimento de um dos moradores que diz acreditar que os tiros eram desferidos pela policial. No dia do crime, uma testemunha chegou a ver Katia em frente ao local da festa, onde ela reclamou do barulho.

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