O delegado responsável pela Delegacia de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, foi preso ontem pela Corregedoria da Polícia Civil do Paraná. Vinícius José Borges é acusado de cobrar R$ 50 mil da família de um traficante preso para libertá-lo. O delegado também teria permitido que um policial civil, expulso da corporação no ano passado, trabalhasse como superintendente na delegacia.
Ney Prosdócimo, escrivão da delegacia, também é procurado pela Corregedoria por suposta participação no mesmo crime. "Temos a denúncia de que o escrivão e outros policiais prenderam o traficante e não comunicaram a nenhuma autoridade. O delegado teria sido conivente e ainda participado da tentativa de extorsão", explicou a delegada-chefe da Corregedoria da Polícia Civil, Charis Negrão Tonhozi.
De acordo com a Corregedoria, Borges ainda permitia que mais duas pessoas não habilitadas exercessem a função de policiais na delegacia. Os "funcionários" são Antônio Ferreira Padilha e o ex-policial civil Sérgio Luiz de Oliveira, presos na última segunda-feira. Oliveira exercia a função de superintendente, mesmo depois de ter sido expulso da instituição. "Ele foi demitido, porque descobrimos que tinha um comércio em seu nome, o que é proibido dentro da Polícia Civil", explica Charis. Mesmo sem ser policial, Padilha trabalhava em investigações e operações policiais.
Apesar de não ter sido preso, o investigador Arxibani Moncorvo também será indiciado pela Corregedoria. Ele é acusado de pagar para o policial militar da reserva Marcos Antônio Castelan trabalhar durante o seu plantão. Os dois vão responder a inquérito por usurpação da função qualificada.
O delegado preso responderá por concussão (extorsão cometida por funcionário público) e por usurpação da função qualificada, já que teria sido conivente com o trabalho ilegal de não policiais na delegacia. Um processo administrativo foi instaurado pelo Conselho da Polícia Civil e, dependendo das investigações, os envolvidos podem ser afastados da polícia.
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