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O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinicius da Costa Michelotto, foi notificado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público Estadual, a depor nas investigações da Operação Vortex, que apura a existência de uma rede de extorsão na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) em Curitiba. Michelotto recebeu a notificação na última sexta-feira (5), dois dias depois da deflagração da operação.

Na última quarta-feira (3), dois delegados - Gerson Machado e Luiz Carlos de Oliveira - e o investigador Aleardo Riguetto foram presos por posse ilegal de armas durante a operação. De acordo com o MP, os três são investigados pela suspeita de envolvimento em extorsão, mas as prisões deles não foram motivadas pela investigação.

Segundo informações apuradas pela reportagem, o objetivo do depoimento do delegado-geral seria esclarecer alguns pontos que a investigação do MP apurou até agora. O depoimento está marcado para esta sexta-feira (12), às 14 horas.

Fontes de dentro da Polícia Civil informam, no entanto, que é cogitada a possibilidade de Michelotto não ir até o Gaeco, mas ir apenas à procuradoria-geral de Justiça para prestar os esclarecimentos.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Polícia Civil afirma que o delegado-geral foi notificado e não intimado, mas ainda não sabe dizer se ele vai ou não ao Gaeco para prestar esclarecimentos.

Prisões

Dois delegados e um investigador da Polícia Civil do Paraná foram presos por posse ilegal de arma e munição restrita pelo Gaeco. As detenções ocorreram durante a operação Vortex, deflagrada para investigar uma rede de extorsão formada por policiais civis, incluindo delegados. Dezoito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em duas delegacias da capital, uma divisão policial e nas casas dos policiais. As armas foram encontradas nas residências deles, e isso motivou as prisões.

Os advogados de defesa dos policiais entraram com pedido de liberdade provisória, os quais foram acatados pela Justiça. Oliveira e Riguetto pagaram fiança e deixaram a prisão na quinta-feira (4). Machado alegou que não tinha condições de pagar os R$ 21 mil estipulados e pediu revisão. Ele pagou fiança de R$ 6 mil e foi solto na sexta-feira (5).

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