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O delegado Jairo Estorilio que conduzia a investigação da morte do pedreiro Édson dos Santos, alvejado por diversos tiros na madrugada do último sábado no Centro Histórico de Curitiba, teria saído do caso nesta quinta-feira. A informação foi dada pelo próprio delegado à reportagem do ParanáTV 2ª Edição desta quinta-feira. Nesta sexta-feira, a assessoria da Secretaria da Segurança informou que apesar de ter saído da delegacia que cuida do caso e ter ido para a Delegacia de Furtos e Roubos, numa troca já programada, Estorilio continua responsável pelo caso.

A reportagem do Paraná TV entrou em contato com Estorilio por telefone para saber porque não foi pedido o exame de resíduos de chumbo nas mãos do pedreiro. O resultado deste exame poderia afirmar se Santos disparou ou não tiros contra a polícia, já que o disparo, normalmente, deixa resíduos de chumbo na mão de quem usa o revólver.

O corpo de Santos passou pelo Instituto Médico Legal (IML), mas esse exame não foi feito. O delegado disse apenas que não estava mais no caso e não respondeu o motivo da não realização do exame. De acordo com os peritos, é tarde para exumar o corpo e fazer o exame agora.

A versão oficial da PM é que os policiais foram chamados para atender uma suspeita de roubo de carro. Santos, que estava com mais duas pessoas, teria reagido à abordagem atirando. Entretanto, uma testemunha, que não quis se identificar por medo de represálias, negou que Santos estivesse atirado no momento da abordagem. Segundo a funerária que atendeu o caso, o pedreiro levou dezoito tiros - o que reforçaria a idéia de execução.

A arma que supostamente estava com o pedreiro chegou nesta quinta-feira ao Instituto de Criminalística, mas, por determinação da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, os peritos foram proibidos de mostrar o revólver.

Os dois homens que estavam com Santos no momento da aborgagem dos policiais, foram presos e encaminhados para a delegacia. Entretanto, os dois prestaram depoimento e foram liberados - apesar da suspeito de envolvimento com o roubo de carros. Os seis policiais suspeitos de executarem o pedreiro foram afastados do serviço de rua até quando perdurar a investigação do caso.

A reportagem da Gazeta do Povo Online tentou entrar em contato com a assessoria da secretaria de Segurança, mas pelo adiantado da hora, ninguém foi encontrado para explicar o motivo da mudança do delegado. Veja em vídeo a rápida entrevista do delegado que foi afastado do caso.

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