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Juiz deu voz de prisão a funcionários da TAM por não poder embarcar em voo encerrado

Funcionários da companhia aérea TAM que trabalham no aeroporto de Imperatriz (MA) receberam voz de prisão dada pelo juiz Marcelo Baldochi, titular da comarca de Senador La Rocque, também no Maranhão e foram conduzidos ao plantão da Polícia Civil na cidade. O fato ocorreu no último sábado, 6, após o magistrado ter sido informado no aeroporto de Imperatriz que não poderia embarcar na aeronave com destino a São Paulo, pois a chamada tinha sido encerrada.

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Um delegado da Polícia Civil teria usado um revólver para intimidar funcionários de uma agência dos Correios de Santa Felicidade, em Curitiba, nesta segunda-feira (9). O problema foi causado pelo atraso na entrega de correspondências e contas a serem pagas por ele. Para que a multa dos boletos não precisasse ser incluída no valor da fatura, o delegado exigiu um carimbo para justificar a suposta entrega atrasada. O policial, identificado como Germino Marques Bonfim Filho, chegou a ser detido, mas foi liberado após assinar um termo circunstanciado. Luiz Alberto Cartaxo Moura, titular do Cope, relata que depois que o delegado deixou a agência, os funcionários chamaram a Polícia Militar. O caso ocorreu em uma agência que fica na Avenida Vereador Toaldo Túlio e os servidores dos Correios teriam dito que sofreram um assalto. Os PMs foram então à casa de Germino e fizeram a detenção. Cartaxo diz que o Cope também vai acompanhar o caso.

O titular do Cope disse que Germino tem problemas psiquiátricos e que, por isso, já estava afastado da corporação para tratamento médico. Agora, ele deve ser novamente encaminhado para tratamento em uma instituição de saúde, segundo Cartaxo. Germino deve ser alvo de um inquérito da Polícia Federal, porque os Correios são uma empresa sob administração da União. Uma apuração também deve ser feita pela Corregedoria da Polícia Civil.

O advogado Luis Gustavo Janiszewski, que representa o delegado, garante que não houve abuso de autoridade. "Em nenhum momento ele [Bonfim Filho] deu carteirada ou ameaçou os funcionários com a arma", explica o advogado. "Ele foi à agência como cidadão cobrar a entrega das correspondências dentro do prazo devido e acabou satirizado". Segundo Janiszewski, os servidores dos Correios apenas viram a arma na cintura do delegado e houve princípio de bate-boca.

Correios

Por meio de nota, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) confirmou o incidente, relatando que o policial "invadiu a unidade armado, reclamando aos gritos que recebeu correspondências atrasadas, e, enquanto os trabalhadores tentavam resolver a situação, ele sacou a arma, apontou para a cabeça da supervisora e exigiu que as correspondências fossem carimbadas com o datador da entrega".

O sindicato da categoria também reconhece os atrasos na entrega das cartas devido à falta de pessoal. "Só no CDD [Central de Distribuição Domiciliar] São Braz faltam pelo menos seis trabalhadores, além dos afastamentos para tratamento de saúde que são comuns na unidade devido à sobrecarga de trabalho", informa o Sintcom-PR.

Procurados pela reportagem, os Correios atestam que as entregas na unidade São Braz estão ocorrendo sem atrasos. A assessoria de imprensa da empresa destaca que o caso relatado é pontual e já está sendo verificado pela empresa. Ainda segundo os Correios, o CDD São Braz encontra-se hoje com seu quadro de pessoal ajustado às necessidades da unidade. "Atualmente, oito empregados encontram-se afastados. Porém, os Correios já providenciaram sua substituição temporária. Nos últimos três anos, mais de mil novos trabalhadores foram contratados no Paraná. O CDD São Braz recebeu 14 novos empregados", justifica a empresa.

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