Vence nesta terça-feira (26) o prazo de prisão temporária dos quatro acusados do desvio de R$ 40 milhões da faculdade particular Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage) de Ponta Grossa. O delegado do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Cassiano Aufiero, informou que vai pedir a prorrogação por mais cinco dias. A polícia pretende ouvir um acusado por dia, já que a previsão é de que cada depoimento dure em média cinco horas.
Nesta segunda-feira (25) foi ouvida a contadora Zilmari Viechinieski e amanhã (26) deve ser interrogada a diretora financeira, Ivete Marcowicz. Também estão presos no Cope em Curitiba a sócia administrativa, Júlia Streski, e o consultor, Jorge Karan. Eles foram presos na última sexta-feira (22) em Ponta Grossa após uma operação do Cope. O grupo é acusado de formação de quadrilha, falsidade documental, estelionato e lavagem de dinheiro.
O Cescage também é tema de discussão na Câmara Municipal de Ponta Grossa. Na próxima quarta-feira (27) deve ser votado o veto ao projeto de lei que permite que a instituição venda ou doe um terreno avaliado em R$ 33,8 milhões doado pela prefeitura. O terreno seria repassado pelo Cescage a um abatedouro comercial. A proposta de cessão foi aprovada pelos vereadores em 2012, mas o Executivo vetou a iniciativa e agora a Câmara rediscute o projeto.
O Cescage é uma das principais instituições de ensino superior privado nos Campos Gerais e conta com cerca de três mil alunos e 400 funcionários. As aulas seguem normais. Nesta terça-feira (26) haverá uma entrevista coletiva com o novo grupo administrador da instituição.
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