Túmulo de ACM tem poucas visitas
Salvador A administração do cemitério do Campo Santo, em Salvador, reforçou ontem o esquema de segurança para conter possível tumulto no primeiro dia após o enterro do corpo do senador Antônio Carlos Magalhães. O número de visitantes, entretanto, ficou abaixo do esperado.
Segundo o supervisor da equipe de segurança, Robson Barreto, apenas cem pessoas visitaram o túmulo pela manhã, período em que era esperado o maior fluxo de pessoas no dia. "Nos preparamos para muito mais. Nossa expectativa era de que ao menos 500 pessoas passassem por aqui", disse Barreto.
No dia do enterro, disse o supervisor, cerca de 5 mil pessoas visitaram o túmulo. A aglomeração provocou danos em 3 jazigos, entre eles o do filho de ACM, Luís Eduardo Magalhães, morto em 1998.
São Paulo A morte do senador Antônio Carlos Magalhães, a maior liderança do DEM na Bahia, não deverá enfraquecer o partido, na avaliação de destacadas figuras da legenda. Para eles, ACM, que morreu na sexta-feira, aos 79 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos e insuficiência cardíaca, já não representava a força que movia montanhas na política. Acredita-se até que o DEM possa recuperar a influência que já teve no estado.
Figuras nacionais do DEM dizem que sua morte deixa o partido pacificado e arrumado na Bahia. Num primeiro momento, não há razões para disputas.
Ambição
O presidente regional é o ex-governador Paulo Souto, que ambicionava herdar o comando do DEM. Mas todos sabem que ACM dava força para o neto, hoje deputado federal, que pode disputar o governo em 2010.
Influência
Em princípio, Souto e ACM Neto estão acertados. ACM Neto tem influência em Salvador, onde é a maior figura do partido, embora sem grandes chances de concorrer à prefeitura, em 2008; e Souto tem expressão no interior. Se os dois souberem somar o prestígio que detêm, dizem políticos do DEM, poderão restaurar a influência do partido.
Uma importante figura do partido ressaltou que o isolamento político do DEM na Bahia era causado pelos problemas pessoais de ACM com outros políticos. Agora talvez seja possível levar o DEM para alianças inéditas.
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