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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Condições favoráveis - Clima quente e chuvoso facilita propagação da doença no Paraná e no Mato Grosso do Sul

O técnico do Ministério da Saúde, Fábio Pimenta, diz que, no Paraná e no Mato Grosso do Sul, o fator climático exerce influência preponderante no surgimento da dengue por causa das temperaturas médias e dos elevados índices pluviométricos em várias regiões. Em altas temperaturas, como por exemplo em Foz do Iguaçu, o mosquito tem capacidade para se reproduzir em até 12 dias, ao contrário de Curitiba, onde o período aumenta para 40 dias devido ao clima mais frio.

O técnico ainda esclarece que entre os quatro tipos de sorotipos de dengue catalogados no Brasil, no Paraná este ano predominou o Den 3. Isso significa que a população paranaense não tinha imunidade a esse sorotipo que também preponderou na maioria dos estados brasileiros. Técnicos do Ministério da Saúde estão sendo aguardados no Paraná nos próximos dias. Hoje, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, estará em Curitiba e fará uma visita ao Hospital Erasto Gaertner. (DP)

Foz do Iguaçu – O tempo seco na maioria das regiões do Paraná não foi suficiente para barrar o avanço da dengue no estado. O número de casos confirmados passou de 24.462 para 24.838, entre 31 de agosto e 11 de outubro deste ano, conforme informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em um período de 40 dias, 376 pessoas contraíram a doença no Paraná.

Do total de casos registrados neste ano, 23.931 foram contraídos no próprio estado. Ainda segundo a Sesa, o número de notificações da doença, entre casos confirmados e descartados, já chega a 46.473 no Paraná, o que coloca o estado em 4.° lugar no ranking da dengue, atrás apenas de Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul – estado líder.

Dados do Ministério da Saúde registrados até setembro mostram que o Paraná é o líder disparado na dengue na Região Sul. As estatísticas colocam o estado com 99 vezes mais casos registrados neste ano em relação a Santa Catarina e 41 vezes a mais que o Rio Grande do Sul.

A Sesa deve divulgar hoje os números atualizados da dengue nos municípios, mas os técnicos já adiantaram que o quadro é semelhante ao de agosto deste ano, no qual as regionais de saúde de Maringá, Foz do Iguaçu e Londrina contabilizam o maior número de doentes.

A coordenadora do Programa de Combate à Dengue da Sesa, Márcia Altenucci, diz que estão sendo reforçadas ações em quatro áreas, em todo estado: assistência ao paciente, vigilância epidemiológica, controle do vetor e informação e mobilização. Uma das metas é coibir a propagação dos focos do mosquito transmissor Aedes aegipty nos próximos meses, considerados bastante propícios para a multiplicação dos criadouros em relação ao período de seca, que vinha predominando no Paraná nos últimos quatro meses. "Cada indivíduo tem que fazer sua parte para combater a dengue", ressalta. Neste ano, sete paranaenses morreram em decorrência da dengue. Márcia diz que entre as medidas já colocadas em prática está a criação de comitês de mobilização contra a dengue em algumas cidades.

Combate

Em Maringá, que liderava os casos de dengue em agosto, o combate à dengue não foi interrompido. Além da aplicação de uma lei municipal que prevê multa aos moradores, foram recolhidos lixo e entulhos, e atualmente há pontos críticos propícios para a criação de focos do mosquito transmissor em observação permanente. Segundo a prefeitura, 5.515 pessoas adquiriram dengue este ano na cidade.

Em Foz do Iguaçu, onde foram contabilizados 3,1 mil casos, cerca de 400 pessoas atuam no combate a doença, que é ininterrupto. Agentes percorreram casas para orientar a população, identificar focos do mosquito e também retirar lixos de quintais das ruas. O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Foz, André Leandro de Sousa, alerta que a população local deve se prevenir devido à característica da cidade, que recebe turistas de várias partes do país e do mundo.

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