Nas ruas
Com 13 casos suspeitos, Foz reforça prevenção
Além dos dois casos de dengue já identificados em Foz do Iguaçu, o Centro de Controle de Zoonoses aguarda os resultados de 13 suspeitos. Cerca de 60 agentes estão nas ruas reforçando o trabalho preventivo. Com índice de infestação médio de 3,8%, segundo a verificação feita ainda em novembro a pedido do Ministério da Saúde, o município está a um ponto de entrar para a lista das cidades com maior risco de epidemia.
O próximo Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) nacional está agendado para fevereiro e, de acordo com o supervisor do combate à dengue em Foz, Jean Rios, a expectativa é que os índices fiquem abaixo dos de novembro, quando foi feita a última verificação. "Ainda em 2009 concluímos os trabalhos de vistoria e orientação nos bairros onde foram detectados os maiores problemas. Agora estamos atuando nas regiões vizinhas."
Entre os 20 municípios com o maior Índice de Infestação Predial (IIP) em novembro, 11 estavam no Noroeste do estado. Em Maringá, a situação é de alerta: a taxa subiu de 1,9% para 3,8% na última semana. Em alguns bairros, chega a 13,5%.
Em Londrina, a principal preocupação é com o autódromo, onde o acúmulo de pneus é um foco para a proliferação dos mosquitos. "Os pneus têm de ser furados. E 90% deles são furados, mas na hora em que os carros batem neles, acabam virando", diz a gerente da Vigilância Sanitária na cidade, Denise Nunes. Em 2009, 92 casos foram registrados na cidade.
O último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) indica uma redução de 10,34% no número total de casos confirmados em 2008 e 2009. No ano passado, foram contabilizados 893 registros da doença, sendo 771 contraídos no próprio estado, contra 827 no ano anterior. Para 2010, especialistas alertam que há grandes riscos de uma possível epidemia de dengue hemorrágica, já que três variações do vírus estão presentes no Paraná.
Colaboraram Marcus Ayres, do Jornal de Maringá, e Fábio Luporini, do Jornal de Londrina
Foz do Iguaçu - As autoridades sanitárias que atuam na fronteira com o Paraguai e a Argentina programam para a próxima semana uma reunião com representantes dos dois países para traçar um plano de combate à dengue e de controle da doença. O avanço da dengue nos países vizinhos e a ameaça de uma epidemia transnacional colocaram a região em alerta e a prevenção deve ser reforçada com trabalhos coordenados e de cooperação com o Brasil. Em Foz do Iguaçu, o Centro de Controle de Zoonoses já identificou dois casos positivos.
Segundo a diretora da 9.ª Regional de Saúde, Anice Nagib Gazzaoui, a preocupação com a situação epidemiológica dos vizinhos é constante. "Para certas epidemias não existe fronteira. A proximidade com países onde nem sempre existe um controle rigoroso e as falhas nas ações são comuns e nos deixam à mercê", afirma. "Apesar de isoladas, as medidas adotadas pela Secretaria de Saúde têm evitado que a dengue atinja a região, mas ainda não sabemos qual a real situação no Paraguai e na Argentina."
Anice aponta a necessidade de um protocolo comum para os três países como alternativa no combate a uma série de doenças como a dengue, febre amarela e a Influenza A (H1N1). "Poderíamos uniformizar as ações de controle e as preventivas, estabelecendo também um canal de comunicação constante", diz, acrescentando que as barreiras diplomáticas ainda são os principais obstáculos para a cooperação e a troca de informações.
Alerta amarelo
Com 30 casos confirmados no estado de Misiones, que faz divisa com o Paraná e Santa Catarina, o Ministério da Saúde da Argentina declarou em sua página na internet que a região está sob alerta amarelo para a dengue. Outro motivo de preocupação são os altos índices de infestação do Aedes aegypti em alguns municípios. Em Puerto Iguazú, agentes de saúde encontraram larvas do mosquito em 17% dos 305 domicílios vistoriados.
A partir da próxima semana, equipes percorrerão os bairros para alertar a população sobre os perigos da doença e orientar sobre a necessidade de se eliminar os criadouros do mosquito. Outra medida reivindicada junto ao Ministério da Saúde, adiantou o subsecretário de Saúde de Misiones, Jorge Deschutter, é possibilitar que os resultados dos exames laboratoriais estejam prontos em no máximo 48 horas.
No Paraguai, até o início da semana haviam sido confirmados 165 casos da doença, a maioria na capital Assunção e na região de Ciudad del Este e Presidente Franco. Somados, os registros nas duas cidades fronteiriças somam 15 confirmações e 90 suspeitas. A exemplo da Argentina, equipes coordenadas pelo Serviço Nacional de Erradicação do Empaludismo (Senepa) estão promovendo arrastões de limpeza nas cidades mais afetadas.
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