O dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, que teve 60% do corpo queimado por criminosos dentro de seu consultório na última segunda-feira, em São José dos Campos (a 97 km de SP), foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Gaddy estava internado em estado grave da Santa Casa São José dos Campos. Ele foi transferido para a capital paulista na noite de ontem. Segundo a assessoria do hospital Albert Einstein, ele está na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e continua em estado crítico e sem previsão de alta.
Ontem, a polícia apreendeu o celular do dentista para saber com quem ele falou na última segunda-feira. A intenção da polícia é descobrir com quem a vítima falou no dia do crime. Como nada foi levado do consultório de Gaddy, a polícia investiga se ele foi mesmo vítima de um assalto.
Ao ser socorrido, Gaddy disse à polícia que dois assaltantes invadiram seu consultório, amarraram-no a uma cadeira no banheiro, atearam fogo nele e fugiram.
Caso
Por volta das 21h de segunda-feira, Gaddy, 41, estava sozinho no consultório, após o expediente, quando os criminosos entraram. Segundo a versão apresentada por uma testemunha, eles teriam levado Gaddy ao banheiro, amarrado o dentista em uma cadeira e ateado fogo.
No banheiro, a polícia encontrou uma garrafa de álcool vazia e um isqueiro, além de documentos e cartões do dentista queimados no lixo. A secretária do consultório também já foi ouvida pela polícia. Ela contou que saiu do trabalho às 17h30 e que o álcool usado na ação era do próprio consultório.
Segundo o delegado seccional, a polícia já obteve as imagens de uma câmera do COI (Centro de Operações Integradas), da prefeitura, e está trabalhando para melhorá-las, a fim de usá-las na identificação de possíveis suspeitos.
De acordo com a polícia, nada foi roubado do dentista e não houve saques nas contas de Gaddy. Um cartão de crédito foi achado no jaleco do dentista e outros cartões bancários estavam queimados. A polícia não descarta tentativa de homicídio, crime passional e até tentativa de suicídio.
Outro caso
Esse é o segundo caso neste ano em que criminosos ateiam fogo em dentistas após tentativas de assalto a consultórios no Estado de São Paulo.
No dia 25 de abril, a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza foi morta no consultório dela, na rua Copacabana, Jardim Anchieta, em São Bernardo do Campo (Grande SP). Ela também teve o corpo incendiado com álcool. A vítima morreu no local. Segundo a polícia, ela foi morta pois tinha apenas R$ 30 na conta bancária.
Os quatro criminosos foram presos na mesma semana que ocorreu o crime. Entre os assaltantes estava um adolescente de 17 anos que confessou à polícia ter ateado fogo na vítima.
- Polícia pede apoio para prender agressores de dentista
- Assaltantes ateiam fogo em dentista no interior de São Paulo
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil