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Depois de bater, em vão, à porta dos candidatos majoritários aliados pedindo que trabalhassem por Geraldo Alckmin, os comandantes da campanha presidencial decidiram concentrar esforços nos locais onde as pesquisas qualitativas apontam um espaço razoável para o tucano crescer.

Agenda e material de campanha serão reforçados em São Paulo, Rio, Rio Grande do Sul, Minas e Bahia. Segundo coordenadores, foi nessas praças que a mudança de tom do programa de tevê teve mais receptividade.

Os comícios devem rarear na reta final.

Além de dispendiosos, são foco de divergência entre os partidos aliados, muitas vezes rivais nos estados.

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Alarme – Os tucanos também mapearam o pontos críticos para Alckmin. São estados onde não há "nem adesivo em carro", como Paraná, Alagoas e Rio Grande do Norte. Caso perdido – Será dada atenção especial ao Paraná, onde Alckmin poderia até ultrapassar Lula, mas não tem quem leve seu nome. A bronca de alckmistas é com Alvaro Dias, que cuida de sua reeleição ao Senado e se faz de morto na disputa presidencial. Levantou, cortou – O argumento dos tucanos de que Lula pode ser prejudicado pelo alto índice de erros de eleitores do Nordeste na hora de votar já virou munição do PT. "No mínimo, é preconceituoso", diz Luciano Zica (SP).

Surpresa – Petistas do Pará receberam nova leva de material de campanha de Lula. Ao abrirem as caixas, depararam-se com santinhos de Afif Domingos, candidato do PFL paulista ao Senado. O QG nacional não sabe se a troca foi da gráfica ou da distribuidora. Tudo ou nada – Depois do namoro com Lula, o governador Lúcio Alcântara (PSDB) partiu para o ataque no horário eleitoral do Ceará. Acusa o adversário Cid Gomes (PSB), líder nas pesquisas, de desviar recursos da merenda escolar. Linha da cintura – Ainda sem responder aos ataques, Gomes estuda levar ao ar denúncia ligando o filho do governador, deputado Léo Alcântara, à venda sem licitação de comida para presídios.Loteamento – O cruzamento das ligações telefônicas entre parlamentares, Planam e prefeituras permitiu à CPI dos Sanguessugas identificar nova figura no escândalo: os "deputados-gerentes", que dominavam emendas de alguns estados e negociavam por outros parlamentares. Cogumelo – Integrantes da CPI dos Sanguessugas prometem para a próxima semana a divulgação de uma "bomba atômica" ligando a Prefeitura de Maceió ao Ministério de Ciência e Tecnologia na área de inclusão digital. Eu, não – Fernando Gabeira (PV-RJ) nega ter ignorado a interpelação judicial do PSB para prestar esclarecimentos sobre a acusação de que a sigla teria aparelhado o MCT. O deputado diz que não recebeu notificação. "Quando receber, sem dúvida comparecerei para apresentar meus argumentos", diz o sub-relator da CPI. Atalho 1 – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), resolveu encurtar a tramitação do projeto de lei de Flávio Arns (PT-PR) que permite a importação de pneus velhos, objeto do maior lobby em atuação na Casa. Atalho 2 – A proposta deveria passar por quatro comissões, mas despacho de Renan reduziu a tramitação para uma só, a de Meio Ambiente. Com isso, sua aprovação deverá ocorrer já em caráter terminativo na terça-feira. Morte – José do Rego Maciel, pai do senador Marco Maciel (PFL-PE), morreu ontem em Recife aos 98 anos. "Foi o meu melhor amigo, modelo de conduta e exemplo de homem público", disse o ex-vice-presidente da República.

TIROTEIO

* Do presidente do PT paulista, Paulo Frateschi, sobre a declaração do candidato tucano ao governo, José Serra, segundo a qual sua promessa de ficar até o final do mandato na prefeitura de São Paulo foi feita com "sinceridade" na campanha de 2004.

– Serra deixou bem claro para o eleitor que, no seu caso, sinceridade tem prazo de validade.

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