Atualizado em 11/05/2006 às 20h24
Durou três horas e quarenta minutos o depoimento das testemunhas de acusação do caso instaurado pelo Ministério Público contra Marco Antônio Augusto, 35 anos. Ele é acusado de matar a mãe, Ivone Bernardi da Silveira, há 12 anos. Estavam previstos os depoimentos de quatro pessoas, mas apenas duas depuseram. De acordo com o advogado de acusação Fernando Cezar Ferreira, uma das testemunhas foi intimada mas não compareceu, e a outra morreu no período de trâmite do processo.
A audiência começou às 16h desta quinta-feira (11), com uma hora de atraso, na 2.ª Vara Criminal de Curitiba. Depuseram contra Marco Antônio a sua primeira mulher, Cleonice de Fátima Braga, e o seu tio, Antônio Augusto. Em entrevista concedida à rádio CBN antes do depoimento, o tio de Marco assegurou que a condenação do sobrinho seria necessária. "Um delinqüente desse nível não tem condições de conviver em sociedade", desabafou. Mesmo com medo, ele vê o depoimento como peça fundamental para demonstrar quem é o réu. "O próprio irmão do Marco diz que ele é culpado. O tiro contra a mãe deles foi à queima-roupa", conta. Além disso, o tio teme que, caso o acusado seja libertado, as brigas pela rede de lanchonetes de três terminais de ônibus da capital aumentem.
O réu estava presente na audiência e nada declarou, como é previsto em sessões de depoimentos. Segundo a acusação, o processo terá um novo capítulo em 8 de junho, quando será a vez das cinco testemunhas de defesa prestarem depoimento. A partir daí, o processo deve seguir sob segredo de justiça.
Além do crime praticando contra a mãe, Marco Antônio Augusto também é acusado de extorsão, ameaças a parentes e outras testemunhas, em Curitiba e no Espírito Santo, no período em que esteve foragido.
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