Vídeo| Foto: Reprodução/RPC TV

O delegado Marcus Vinícius Michelotto, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas de Curitiba, começou a ouvir os presos na "Operação Medusa III" em Londrina, Ibiporã, Jataizinho e Cambé (no Norte), na quinta-feira (30). A ação, deflagrada quarta-feira (29) em Londrina, desmontou uma quadrilha que seria a responsável pelo cartel que controlava os preços dos combustíveis na cidade e sonegava impostos. Quem não participava do esquema, era ameaçado.

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Segundo Micheletto, alguns donos de postos confirmaram em depoimento que entraram no esquema coagidos pelos proprietários da distribuidora OilPetro, os irmãos Djalma Eugênio Guarda, 52 anos, e Mauro Cezar Guarda, de 50 anos, ambos de Londrina. Apontados como os chefes da quadrilha, eles foram presos em uma pousada na Chapada dos Guimarães (MT) e chegaram ontem a Curitiba.

Crimes

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No total, foram presas 15 pessoas, sendo 14 acusadas de participação no esquema e um segurança por porte ilegal de arma. Os acusados devem responder pelos crimes de formação de cartel, formação de quadrilha, falsificação de documentos, estelionato, corrupção ativa e passiva, crime contra as relações de consumo e crimes contra a ordem tributária.

Além dos dois empresários e do segurança, foram presos donos de postos, um contador, um dono de gráfica onde eram impressas notas fiscais frias e intermediários. Após o prazo de cinco dias de prisão temporária, Michelotto pode solicitar a prorrogação do prazo para alguns. "Já outros empresários estão colaborando e devem ser soltos", antecipou.

As maiores revelações, no entanto, devem vir da análise dos mais de cem computadores, documentação e carimbos falsificados apreendidos durante a operação. Há suspeita de participação de um ou mais funcionários da Receita Estadual, que ainda não levantou o montante que teria sido sonegado pela quadrilha.

28 postos

No total, segundo informou a Secretaria de Direito Econômico, ligada ao Ministério da Justiça, 28 postos de Londrina e região estariam envolvidos no esquema. A operação foi considerada a maior na América Latina contra a cartelização do setor de combustíveis.

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