Maratona de depoimentos sobre o caso Joaquim - criança de três anos encontrada morta no rio Pardo no final do ano passado- começa nesta semana, na região de Ribeirão Preto, cidade a 313 km de São Paulo. Entre 30 e 40 pessoas serão ouvidas a partir desta terça-feira (5).
O Ministério Público acusa o padrasto da criança, Guilherme Longo, de cometer o crime. A mãe, Natália Ponte, é acusada de ser cúmplice.
O primeiro a depor é Alessandro Ponte, irmão de Natália. A testemunha vai depor em São Joaquim da Barra (382 km de São Paulo), às 14h, cidade onde Natália mora desde que conseguiu um habeas corpus, no começo deste ano.
No mesmo dia, mais uma testemunha, Márcia Villela Rosa de Farias, será ouvida em São Joaquim da Barra.
Artur Paes, pai da criança, vai depor às 14h em São Paulo, na sexta-feira (8).O último depoimento será no dia 12 de setembro, quando Natália e o marido devem prestar depoimento.
Em janeiro, Natália e Guilherme foram denunciados por homicídio triplamente qualificado. À época, o promotor Marcus Túlio Nicolino pediu para a Justiça que leve Longo a júri popular.
Nicolino afirma que há possibilidade de a sentença sair até dezembro deste ano. O promotor diz que os depoimentos podem ser abertos. Isso porque o processo não corre em segredo de Justiça. Mas a decisão em abrir depoimento ao público é dos juízes.
Caso
Joaquim foi encontrado morto no dia 10 de novembro de 2013 no rio Pardo, próximo a Barretos (423 km de São Paulo). Ele estava desaparecido há cinco dias.
A criança morava com a mãe, o padrasto e o irmão no Jardim Independência, em Ribeirão.Para a promotoria, Longo matou Joaquim ao aplicar uma dose excessiva de insulina - medicamento para tratamento de diabetes. Depois, jogou o corpo do menino no córrego Tanquinho, próximo da casa da família.Longo está preso na penitenciária 2, de Tremembé (147 km de São Paulo).
Ambos negam que tenham cometido o crime.
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