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Recuperação

Depois das chuvas, cidades começam a se reorganizar

Municípios estão reparando os inúmeros danos causados pelo mau tempo. Em Cascavel, aeroporto passará por reforma

Chuvas que encheram o Rio Iguaçu deixaram boa parte da cidade de Porto Amazonas debaixo da água. Em algumas regiões famílias precisam usar botes para sair de casa | Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Chuvas que encheram o Rio Iguaçu deixaram boa parte da cidade de Porto Amazonas debaixo da água. Em algumas regiões famílias precisam usar botes para sair de casa (Foto: Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Nos primeiros dias de trégua das fortes chuvas que caíram sobre o estado desde a última quinta-feira (22), as cidades atingidas começam a se reorganizar para reparar os danos causados pelo mau tempo. Em Cascavel, na região Oeste, o terminal de passageiros do Aeroporto Municipal, que foi bastante danificado, começou a ser reformado nesta quinta-feira (29). Já na PR-153, a solução para restabelecer o acesso a Imbituva, na região Centro-sul, foi colocar uma ponte metálica na rodovia.

Com muito entulho do lado de fora e várias goteiras e pontos de acúmulo de água na parte interna, o terminal de passageiros do aeroporto de Cascavel estará em obras por dez dias. De acordo com o telejornal ParanáTV 2ª Edição, da RPC TV, a reforma é uma medida paliativa, porque já foi publicado em Diário Oficial um processo de licitação para a construção de um novo terminal. A estrutura terá o dobro do tamanho atual, a pista será ampliada e haverá espaço para um estacionamento de aeronaves, que está em falta no sul do país.

Entre a elaboração do processo e o final das construções serão necessários ao menos dois anos. O custo para as obras é estimado em R$ 2 milhões e os recursos vêm do Ministério do Turismo, que tem a verba garantida por uma emenda parlamentar. O antigo terminal será demolido.

Para não prejudicar a Feira de Malhas de Imbituva, que começou nesta quinta-feira (28) e vai até o dia 9 de maio, o exército instalou uma ponte metálica móvel no trecho da PR-153 que foi destruído pelas chuvas. De acordo com o telejornal ParanáTV 2ª Edição, da RPC TV, a ligação entre Irati e Imbituva está interrompida desde a última segunda-feira (26) e cerca de 800 veículos já deixaram de transitar pela rodovia. Pela ponte móvel só poderá passar um veículo por vez, com peso máximo de 35 toneladas. Soldados vão permanecer no trecho para controlar o tráfego por 20 dias. O DER informou que as obras para o conserto da rodovia devem demorar cerca de 60 dias.

Desaparecidos

O corpo da terceira pessoa que estava desaparecida por causa da chuva na região de Curitiba foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta quinta-feira (29), por volta das 8h30. Edson Luiz Ciocaro, 28 anos, caiu na água em Balsa Nova, na região metropolitana, no domingo (25). O corpo estava na mesma área em que ocorreu o acidente.

O homem estava abrindo um dique como uma retroescavadeira e a máquina caiu na água. Um outro rapaz que trabalhava com Ciocaro foi resgatado por colegas.

Essa foi a terceira morte ocasionada pelas chuvas que atingiram o estado desde quinta-feira (22). Na quarta-feira (28), o corpo de Evandro Donassdi, 23 anos, foi localizado no Rio Iguaçu, no bairro Caximba, em Curitiba, por volta das 9h30.

Donassdi era o motorista do Fiat Marea que caiu no Rio Iguaçu, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, na noite de sábado (24). O veículo trafegava na Avenida das Torres, no sentido Curitiba, quando o condutor perdeu o controle e caiu no rio, segundo o Corpo de Bombeiros.

Na terça-feira (26) foi confirmada a primeira morte por causa das fortes chuvas. O Corpo de Bombeiros confirmou que o corpo encontrado no Rio Iguaçu, nas proximidades do Zoológico de Curitiba, no bairro Boqueirão, era de Willians Ricardo Jarenko, de 23 anos. O rapaz caiu no Rio Atuba, no Bairro Alto, na última sexta-feira (23). O resgate do corpo foi feito pelos bombeiros na segunda-feira (26), por volta do meio-dia. O rapaz caminhava sobre as tubulações da Sanepar no Rio Atuba, na sexta-feira (23), quando foi levado pela enxurrada.

Estado de emergência

O município de Porto Amazonas, na região Sudeste do Paraná, decretou estado de emergência na quarta-feira (28). O nível do Rio Iguaçu já subiu 6,5 metros por causa das chuvas que atingem o estado desde a última quinta-feira (22). A cheia atingiu, principalmente, a parte baixa de Porto Amazonas e alagou casas e pontos comerciais, de acordo com informações do telejornal Paraná TV 2ª. edição. Por conta disso, o barco se tornou o principal meio de transporte dos moradores de Porto Amazonas.

Outras três cidades da região metropolitana que decretaram situação de emergência, Pinhais, Piraquara e Colombo, estão com os pedidos em fase de homologação pelo governo do estado. De acordo com informações do ParanáTV 2ª Edição, da RPCTV, Francisco Beltrão, na região Sudoeste, também decretou situação de emergência.

Cerca de 1,6 mil pessoas continuam desabrigadas no Paraná. Em Porto Amazonas, 60 famílias estão alojadas em um abrigo. As outras cidades que tem desabrigados são União da Vitória, General Carneiro, Francisco Beltrão, Rio Negro, Curitiba e Araucária.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, chega a 46 o número de cidades em situação de emergência por causa da chuva, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil, nesta quinta-feira (29). De acordo com o órgão, 73 municípios registraram prejuízos. Em todo o estado, mais de 8 mil pessoas estão desalojadas, e 1,4 mil estão desabrigadas. Não há registro de desaparecidos ou óbitos. Mais de 230 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas em Santa Catarina.

As cidades em situação de emergência são: Anchieta, Apiúna, Ascurra, Balneário Barra do Sul, Bela Vista do Toldo, Caçador, Calmon, Concórdia, Dona Emma, Guaruja do Sul, Ipumirim, Itaiópolis, Iomerê, Irani, Itá, Jaborá, José Boiteux, Lebon Régis, Lindóia do Sul, Matos Costa, Nova Itaberaba, Nova Erechim, Navegantes, Palma Sola, Penha, Porto União, Presidente Castelo Branco, Presidente Getúlio, Princesa, Piratuba, Pinheiro Preto, Papanduva, Rio das Antas, Rio do Campo, Rio Negrinho, Rio do Oeste, Romelândia, Santa Terezinha, São José do Cedro, Seara, Taió, Timbó Grande, Três Barras, Videira, Xavantina, Xaxim.

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