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O júri do caso Zanella não deve acontecer antes do mês de setembro. O julgamento, previsto para começar às 9h desta quinta-feira, foi adiado mais uma vez. No dia 3 de julho, terça-feira da semana passada, o júri já havia sido adiado. Esse novo adiamento nesta quinta-feira irritou o promotor de justiça Marcelo Balzer Correia.

A nova data para o julgamento não foi estabelecida. Porém, antes de setembro não deve acontecer, já que até lá a agenda da 1.ª´ Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, onde o caso tramita, está lotada.

Balzer afirmou que vai desmembrar o júri e pediu para que os réus, quatro policiais civis (dois deles delegados) acusados de forjar provas contra o estudante Rafael Zanella, marquem a data que querem ser julgados. "Do jeito que está eu proponho que os réus marquem a data do julgamento. Já que falam que são inocentes porque não sentam no banco dos réus", afirmou o promotor em entrevista à Rádio CBN.

"Acho isso um desrespeito com os familiares, com a sociedade e com o Ministério Público", definiu Balzer. Os quatro réus são Francisco José Batista da Costa, delegado-geral-adjunto da Polícia Civil, que obteve liminar no Tribunal de Justiça para não ser julgado no momento, o delegado Maurício Bittencourt Fowler, que também conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça que adia o seu julgamento até que o advogado tenha acesso ao processo com mais de 40 volumes, o superintendente Daniel Luís Santiago Cortes e o escrivão Carlos Henrique Dias. O advogado do escrivão Carlos Henrique Dias pediu que o júri do seu cliente seja separado.

A intenção do promotor de justiça, para que os acusados escolham a data do julgamento não agradou a mãe de Rafael Zanella, Elizabetha Zanella. "Que história é essa de eles escolherem a data do julgamento? Eles não vão querer marcar nunca. Isso tem que ser marcado pelo Tribunal do Júri", afirmou Elizabetha.

O promotor, por outro lado, explicou a estratégia. "Se eles escolherem uma data para o julgamento e não comparecerem no dia eu posso pedir a prisão preventiva deles", afirmou Balzer.

O caso

O estudante Rafael Rodrigo Zanella foi morto no dia 28 de maio de 1997, no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, com um tiro na cabeça disparado pelo informante Almiro Deni Schmidt. O fato ocorreu durante uma abordagem feita por policiais do 12.º Distrito Policial. Para justificar a morte, os agentes forjaram provas contra a vítima.

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