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Deputados estaduais paranaenses têm afirmado que os promotores de Justiça costumam cometer excessos contra os políticos - dentre os quais eles se incluem. O argumento inclusive vem sendo usado na defesa da proposta de redução de poderes dos membros do Ministério Público Estadual (MP) para investigar autoridades públicas, idéia que surgiu na Assembléia na semana passada. Nenhum deputado estadual, porém, entrou oficialmente com ações contra membros do MP na corregedoria-geral do órgão em 2006 e 2007. A contradição mostra que os políticos têm um discurso e agem completamente diferente na prática.

Segundo a corregedoria-geral do MP, neste ano, por exemplo, já há 107 pedidos de providências contra promotores de Justiça. Ou seja, a ação de membros do MP já gerou 107 reclamações oficiais. Dessas, apenas duas foram protocoladas por agentes políticos. Nenhuma delas era de deputado. As reclamações se originaram de um prefeito e de um vereador insatisfeitos. O MP não divulgou os nomes dos políticos que estão com ação contra membros da instituição.

A corregedoria do MP ainda informou que, no ano passado, houve 156 pedidos de investigações encaminhados contra promotores. "Porém, de autoridades políticas, dos 156, foram apenas quatro. E nenhum de deputado. Todos partiram de prefeitos ou vereadores", diz o promotor Mauro Rocha, que atua na corregedoria.

Segundo Mauro Rocha, mesmo com o MP tendo um órgão interno para investigar excessos, não há deputados fazendo reclamações contra promotores. "Esses números mostram que os parlamentares falam de uma forma, mas agem de outra", diz ele.

Leia reportagem completa no site da versão impressa do jornal Gazeta do Povo (conteúdo restrito para assinantes)

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