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Prédio desabou de deixou um morto em Belo Horizonte,  Minas Gerais | Renato Cobucci/Hoje em Dia/Folhapress
Prédio desabou de deixou um morto em Belo Horizonte, Minas Gerais| Foto: Renato Cobucci/Hoje em Dia/Folhapress

Um prédio desabou na madrugada desta segunda-feira (2) em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Um homem de cerca de aproximadamente 50 anos morreu. Identificado apenas como Jailson, ele foi soterrado pelos escombros, socorrido pelos bombeiros, mas não resistiu. Uma mulher de 46 anos foi retirada dos escombros com braços e pernas quebrados e levada para o hospital. O edifício tinha dois andares e dois blocos, totalizando oito apartamentos.

O prédio fica na Rua Passa Quatro, no bairro Caiçaras, e pouco antes do desabamento, policiais militares conseguiram retirar dos apartamentos 11 pessoas: seis adultos e cinco crianças, uma delas de 1 ano de idade. Uma moradora ouviu um forte estalo e saiu do prédio, quando notou uma rachadura no asfalto. Ela pediu ajuda a policiais militares que passavam no local. O prédio desabou cerca de 20 segundos depois que os PMs retiraram os 11 moradores, segundo moradores.

Os bombeiros trabalharam durante toda a madrugada na busca por moradores que ficaram soterrados nos escombros. Por volta das 6h30, eles encerraram as buscas, pois acreditam que não há mais vítimas. Os vizinhos disseram que os outros moradores estão viajando. Cães farejadores também não deram mais pistas de possíveis vítimas no local.

A moradora que ficou ferida, Maísa Cunha de Moraes, de 46 anos, teve os braços e pernas quebrados e ferimentos na cabeça, mas não corre o risco de morrer.

A rua onde fica o prédio foi isolada e um grande buraco se formou no local. Uma casa próxima também foi atingida, mas ela estava desocupada há cinco meses, pois os moradores já haviam sido alertados sobre o perigo na região. Os bombeiros continuam no local monitorando a situação das casas vizinhas. Segundo os bombeiros, a Defesa Civil já havia feito uma avaliação do imóvel e percebido que havia risco.

A Defesa Civil informou que já esteve duas vezes no prédio antes do desabamento e percebeu a existência de trincas. O órgão afirma que os moradores já haviam sido notificados sobre a possibilidade de desabamento e sobre a necessidade de fazer obras no prédio em função de rachaduras. Mas os moradores alegam que nunca foram informados sobre o risco de desabamento.

Os bombeiros esvaziaram as casas num raio de 50 metros de distância do local do desabamento e cerca de dez famílias estão sendo retiradas de suas residências.Segundo boletim da Defesa Civil estadual de Minas Gerais, a morte do homem no desabamento desta segunda-feira é a terceira relacionada ao período de fortes chuvas que atingem o estado.

No dia 28 de outubro, o motociclista Admardo Pereira, de 43 anos, morreu atingido por uma árvore que caiu durante um temporal na cidade de Reduto. Em 19 de novembro, Poliane Alves de Oliveira morreu arrastada por um rio de Governador Valadares, quando o nível dele subiu subitamente.

Uma mulher de 74 anos que morava às margens de um rio na cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo está desaparecida desde o dia 30 de dezembro, arrastada pelo rio.

Por causa das chuvas, o trânsito está prejudicado em 40 rodovias estaduais e federais que cortam Minas. A BR-418 é uma das mais atingidas e, nas proximidades de Teófilo Otoni, o tráfego está em meia pista em seis trechos por causa de erosões. Na BR-482, devido a problemas no asfalto, cinco trechos também estão em meia pista.

As chuvas deste final de semana deixaram quatro bairros da cidade mineira de Itabirito inundados. Famílias estão sendo retiradas de áreas de risco e levadas para casas de parentes e amigos ou para um abrigo provisório municipal.

Em Minas Gerais, 44 cidades estão em situação de emergência por causa das chuvas dos últimos dias. No total, 102 municípios foram atingidos por fortes temporais, que deixaram 404 desabrigados. Outras 9.365 tiveram de deixar suas residências. A Defesa Civil registra 84 casas destruídas e 2.420 danificadas nos últimos dois meses. Pelo menos 75 pontes foram destruídas no estado.

Belo Horizonte teve o dezembro mais chuvoso desde 1910, início das medições meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), informou a Defesa Civil de Minas Gerais.

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