São Paulo Os moradores que foram desalojados pelo desabamento da Linha 4 do Metrô preferem a desapropriação ao reparo dos imóveis. Esse foi o consenso que um grupo de 60 moradores apresentou a representantes do Metrô e da seguradora Unibanco AIG durante reunião ontem à tarde no Hotel Mercure, em Pinheiros. Também estavam presentes Luiz Antônio Marrey, secretário de Justiça do Estado; Rogério Amato, secretário da Assistência Social; Cristina Gonçalves, da Procuradoria do Estado, e Floriano Pesaro, secretário de Assistência Social do Município.
No meio da reunião, uma surpresa deixou os moradores satisfeitos. O governador José Serra (PSDB) apareceu para garantir que o direito de cada um deles seria respeitado.
O objetivo da reunião era esclarecer as dúvidas dos moradores quanto aos procedimentos para conseguirem indenização. "Minha mulher disse que para lá ela não volta", contou Antônio Manuel Dias Teixeira, de 53 anos, síndico do Edifício Deolinda, interditado na Rua Gilberto Sabino.
Não era apenas o sentimento de medo ocasionado pelo desabamento na obra que afligia os moradores. Alguns deles, principalmente os da Rua Capri, futuramente ficarão ilhados entre um terminal de ônibus e as estações de metrô e trem.
As vistorias nas casas interditadas após o acidente continuaram ontem, mas a Defesa Civil não tinha atualizado o balanço até as 18 horas. Os últimos dados oficiais são de ontem: das 55 casas interditadas das Ruas Capri e Gilberto Sabino, 5 comerciais foram liberadas, 2 residenciais e 1 comercial foram demolidas, e outras 2 residenciais estavam na iminência de serem demolidas.
De acordo com a Subprefeitura de Pinheiros, moradores das ruas próximas, como a Paes Leme, também estão pedindo vistoria em suas casas por segurança.
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