Ponta Grossa – Os trabalhadores de Ponta Grossa que precisam dar entrada no Seguro-Desemprego vão ter de esperar até a próxima semana para requerer o benefício. Desde o dia 26 de dezembro, os funcionários da Agência do Trabalhador da cidade, local para dar entrada no pedido, estão em férias coletivas e retornam ao trabalho na segunda-feira. Na entrada da agência, cartazes informam os trabalhadores que a Subdelegacia Regional do Trabalho da cidade está atendendo normalmente os requerimentos. Mas, ao chegar ao local, os trabalhadores são informados de que as duas funcionárias responsáveis pelos pedidos do benefício estão em recesso. De acordo com funcionários do Ministério do Trabalho na cidade, o número de trabalhadores que deixam de ser atendidos chega a 60 por dia.

CARREGANDO :)

Segundo a subdelegada do posto do ministério em Ponta Grossa, Cheryl Sousa, o problema ocorreu porque o gerente da Agência do Trabalhador, Antônio Laroca Neto, não informou a subdelegacia sobre as férias dos funcionários. Com o recesso de alguns servidores, o posto do ministério na cidade ficou com o quadro de funcionários reduzido, impossibilitando o atendimento. "O ideal seria uma cooperação entre o ministério e a Agência do Trabalhador, que eles nos avisassem", afirmou a subdelegada. A subdelegacia está atendendo apenas os casos em que o prazo de 120 dias para requerer o benefício termina antes de 8 de janeiro, ou em casos de decisão judicial e recursos.

Laroca rebateu as acusações, afirmando que comunicou a subdelegacia com cinco dias de antecedência sobre as férias dos funcionários. "Conversamos direto com funcionários do ministério sobre o recesso e nos disseram que não haveria problema quanto ao atendimento dos trabalhadores", afirmou o gerente da agência da cidade.

Publicidade

As explicações de ambos os lados não impedem o transtorno para os trabalhadores que necessitam do dinheiro e terão atraso no recebimento do benefício. É o caso de Sérgio Ribeiro, que pretendia requerer o Seguro-Desemprego após sair do cargo de auxiliar de frigorífico. "Quanto mais demorar para entrar com o pedido, pior. Faz falta esse dinheiro que vou ganhar mais tarde", afirmou o jovem de 22 anos, que vai receber cerca de R$ 500 de seguro.

Outro ex-auxiliar de frigorífico, Jorge Pinheiro, também vai ter de esperar até a próxima semana. "O pessoal da empresa em que eu trabalhava me informou para vir aqui no ministério, mas perdi a viagem. Ainda bem que estou sem compromissos na segunda", disse. Em média, o benefício é concedido 30 dias após o requerimento.