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Curitiba – Três ministros desembarcam no Paraná na próxima quinta-feira. Tarso Genro, das Relações Institucionais, Paulo Bernardo, do Planejamento, e Guido Mantega, da Fazenda, querem discutir no Sul do país o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com políticos, empresários, sindicalistas e representantes de movimentos sociais. O objetivo, segundo eles, é estreitar os laços com as regiões e formar o Fórum Regional do Sul do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), órgão de caráter consultivo da Presidência da República. O anfitrião do evento será a Federação das Indústrias do Estado do Paraná.

Em entrevista, Tarso explica os objetivos do encontro. Quando o assunto é reforma ministerial, no entanto, o ministro desconversa. Compreensível. Os partidos de coalizão brigam pelas vagas e ninguém dentro do governo – ainda mais ele – consegue falar sobre o tema sem melindrar as negociações. No que se especula até agora, Tarso deve ir para o Ministério da Justiça, no lugar de Márcio Thomaz Bastos.

Qual o objetivo deste encontro na Região Sul?Percebemos a necessidade de que CDES tenha uma atuação mais descentralizada, nas regiões, vinculada às forças produtivas e sindicais da sociedade civil. Como temos um conjunto de obras arroladas na Região Sul, essa reunião será o momento de informação e de intercâmbio de opiniões. E esse diálogo talvez possa proporcionar outros investimentos.

O PAC deve passar sem problemas no Congresso? Mesmo com mais de 700 emendas?Nós não vemos nenhuma dificuldade em sua implementação. Em primeiro lugar é preciso notar que as medidas provisórias já estão em vigência, portanto o seu processo de implementação está iniciado. Em segundo lugar, várias ações do PAC não dependem de aprovação legislativa. Em terceiro lugar, nós sabemos que, por mais modificações que o Congresso faça no PAC, o ponto mais importante do projeto, que é criar marcos econômicos e jurídicos para a retomada do crescimento, não será descaracterizado.

O senhor deve assumir o Ministério da Justiça?Assumir o ministério da Justiça ou não é uma decisão do presidente em conjunto com os demais ministros. Não há nenhuma demanda da minha parte e eles sabem que podem contar comigo em qualquer função que eu possa me julgar útil para o governo.

Porque a demora na reforma ministerial?A demora é porque a montagem do atual ministério não está sendo feita como a anterior. Explico. Antes foi montado um ministério através de indivíduos que tinham representação nos partidos para obter maioria. Agora são os próprios partidos que estão sendo contemplados como sujeitos políticos. Dessa forma, a equação é mais complexa, porque é preciso consultar todos os partidos.

Lula espera de fato a troca da liderança no PMDB?O presidente está aguardando o processo de migração em vários partidos. Evidentemente ele tem uma atenção especial ao PMDB porque o PMDB é um aliado estratégico. Mas não há uma definição do presidente se ele vai esperar ou não a convenção do PMDB. É uma especulação sadia normal, mas o presidente ainda não tomou essa decisão.

Quando a reforma deve ser divulgada?Pode sair em março. Ou até no início desta semana.

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