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Salvador e Manaus - As fortes chuvas que atingem Salvador desde o sábado fizeram sua primeira vítima. Um bebê de 1 mês e 11 dias morreu e duas pessoas, entre elas a mãe da criança, ficaram feridas depois que a casa na qual moravam, no bairro da Gamboa de Baixo, foi atingida por um deslizamento de terra, na noite de terça-feira.

As três vítimas foram encaminhadas para o Hospital Geral do Estado (HGE). A menina, Mirela Carine Conceição dos Santos, não resistiu e teve a morte confirmada na manhã de ontem. A mãe, Carla da Conceição, de 30 anos, foi medicada e recebeu alta. Seu companheiro, Wellington Santos, 26, continua internado.

Nos últimos cinco dias, a precipitação na capital baiana foi maior do que a esperada para todo o mês, segundo a Defesa Civil de Salvador (Codesal). A chuva acumulada chegou a 440 milímetros no mês, 370 milímetros desde a sexta-feira, ante os 326 milímetros previstos para abril, com base na média histórica. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é que as chuvas se mantenham até o fim de semana. A chamada estação chuvosa na Bahia deve seguir até agosto.

Foram registrados 16 desabamentos de imóveis, até a manhã de ontem, entre eles o de um casarão secular, no bairro do Comércio. Os deslizamentos de terra chegaram a 19 apenas ontem – são 224 no total. De acordo com a Codesal, 30 famílias estão desabrigadas e há cerca de 400 áreas de risco de deslizamento na cidade. O prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) decretou situação de emergência na cidade.

Amazonas

O Rio Negro, que banha Manaus, está subindo até cinco centímetros por dia, tendo alcançado ontem 28,46 metros, mais de 23 centímetros acima do medido no mesmo dia no ano da maior cheia já registrada no Amazonas, 1953. "Tudo caminha para que essa cheia seja a maior dos últimos 50 anos", afirma o superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marco Oliveira. A média normal da subida do Rio Negro nesta época do ano é de dois centímetros por dia.

A Defesa Civil estima que 3 mil casas sejam atingidas pela cheia na zona urbana de Manaus, além de cerca de outras 200 na zona rural. Pelo menos 350 famílias que moram em áreas de risco devem ser removidas até o fim desta semana. Os 62 municípios do Amazonas estão há quase um mês em estado de emergência. A Defesa Civil estima que 34 mil famílias possam ser atingidas pela cheia neste ano.

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