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Reintegração de posse

Desocupação da fazenda Monte Verde prossegue nesta quarta-feira

Fêmea de chimpanzé com filhote: "assassina por natureza" ou por graça das circunstâncias? | Reuters/Arquivo
Fêmea de chimpanzé com filhote: "assassina por natureza" ou por graça das circunstâncias? (Foto: Reuters/Arquivo)

A reintegração de posse da fazenda Monte Verde, em Jundiaí do Sul, no Norte Pioneiro, começou nesta terça-feira (15) e só deve ser concluída no final da tarde de quarta (16). A previsão da Polícia Militar era que todas os invasores fossem retirados até as 18 horas. Porém, até esse horário pouco mais de 30 das 350 famílias tinham deixado a área.

Os PMs tiveram dificuldades para chegar a todos os barracos espalhados pelos 1.389 hectares da fazenda. Eles improvisaram passagens sobre rios e córregos usando pranchas de madeira e abrindo caminho no meio do pasto. Mesmo assim, a maioria dos policiais só conseguiu chegar à sede da fazenda a pé.

As famílias que estão na área fazem parte do Movimento dos Agricultores Sem-Terra (Mast) e a ocupação começou em agosto do ano passado. A reintegração de posse estava planejada há de 10 dias, mas a possibilidade de um confronto e a necessidade de uma estratégia para ultrapassar barreiras construídas pelos invasores fizeram com que a PM adiasse a desocupação.

Os agricultores retirados estão sendo alojados a poucos metros da porteira da fazenda. Os sem-terra dizem que vão montar barracos próximos à propriedade porque pretendem concluir a colheita dos quase mil hectares ocupados com milho, feijão, arroz e abóbora.

O coordenador regional do Mast, Pedro Luiz Xavier, disse que a Polícia Militar não respeitou o acordo feito com os sem-terra de preservar as casas de madeira e a cobertura de telhas de amianto das casas ocupadas pelos agricultores. "As famílias queriam desmontar essas moradias e reaproveitá-las, mas a informação que eu tenho é que tudo estava sendo destruído", disse o coordenador.

A tensão na área aumentou com a chegada de um trator esteira, que os sem-terra acreditavam que seria usada para colocar abaixo os barracos. O major Ayrton Sérgio Diniz, responsável pela ação, não foi encontrado para comentar as acusações dos sem-terra.

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