Um grupo de 170 índios, composto por 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças, realiza seguidos rituais da etnia a que pertence, guarani-caiová, "prontos para suicídio coletivo", conforme afirmam os líderes do movimento. Há dez dias consecutivos, eles cantam, dançam e rezam no idioma nativo, confirmando a disposição de "suicídio coletivo", conforme afirmaram em carta entregue ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e à direção nacional da Fundação Nacional do Índio (Funai).
"(...) Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos", diz um trecho da carta indígena. A promessa será cumprida caso seja confirmado o despejo dos manifestantes, após liminar concedida na semana passada, da Fazenda Cambará, onde estão acampados há quase um ano, em Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. Soldados da Força Nacional e agentes da Polícia Federal acompanham a movimentação, como observadores e atentos para atuar em qualquer emergência. A situação causou mobilização nas redes sociais. Na sexta-feira passada, cruzes foram colocadas em Brasília (foto) simbolizando índios mortos ou que estão sob ameaça na tribo.
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