O desrespeito à lei que proíbe dirigir após ingerir bebida alcóolica é percebido nos inquéritos da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba e nas ações que tramitam nas duas Varas de Crimes de Trânsito, na capital. A delegacia, que atende a uma média de 145 ocorrências mensais, concentra pelo menos 60% do total de atendimentos em crimes de embriaguez ao volante. Já as varas judiciais têm 120 ações referentes ao mesmo crime.

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Desde 2008 até agora, conforme levantamento feito na 2.ª Vara, houve dez condenações de motoristas embriagados. A maioria dos casos, conforme o juiz titular Carlos Henrique Licheski Klein acaba em suspensão condicional do processo, no qual o motorista tem que prestar serviços à comunidade e contas ao Judiciário. Não é possível, por exemplo, viajar sem comunicar o ato oficialmente ao juiz do processo.

O caso de maior repercussão envolvendo a combinação álcool e direção está prestes a ser julgado em Curitiba. O ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho provocou um acidente que causou a morte de dois jovens. Alcoolizado e em alta velocidade, o ex-deputado não ficou preso e ainda será ouvido pela Justiça. O delegado Armando Braga, titular da delegacia, afirma que, infelizmente, o caso não inibiu crimes semelhantes. "Eu costumo falar que muita gente que achou o caso um absurdo na época vem à delegacia por ter cometido o mesmo crime", afirma.

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