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O esquema de desvio de doações em dinheiro para uma instituição de caridade na Zona Norte de São Paulo foi descoberto pela polícia depois que uma das vítimas tentou doar uma quantia mais alta que a habitual. Nesta quinta-feira (24), um homem de 45 anos e uma mulher de 52 anos foram presos por suspeita de recolher dinheiro de doadores em nome de uma instituição que presta apoio à crianças com paralisia cerebral.

A dupla pedia doações para a instituição, mas o dinheiro arrecadado não chegava até a ONG. O homem foi preso no momento em que enganava mais uma vítima. A mulher, que comandava o golpe, também foi parar na cadeia.

"Só retiravam em dinheiro e também cheques, que foram rastreados e foram depositados em contas de lanchonetes, supermercados, pagamentos de roupas", disse o delegado Walter Ferrari.

O golpe foi descoberto porque uma pessoa procurou a instituição para doar uma quantia maior que a de costume. Ela não queria que o dinheiro fosse recolhido - como sempre era feito - e preferia depositar na conta bancária da instituição. Desta forma, ela acabou descobrindo que as doações dela dos últimos dois anos tinham sido desviadas.

A polícia orientou a doadora a marcar uma nova entrega. Nesta quinta, o suspeito foi buscar a doação e, assim que recebeu o dinheiro, foi preso. Foi ele quem levou a polícia até a mulher, que já tinha trabalhado como voluntária na instituição. Em 2009, ela pediu para sair, mas antes roubou o cadastro de doadores.

A ONG atende 60 crianças especiais e é mantida com doações. Desconfiada de desvio de dinheiro dos doadores, a instituição já tinha informatizado o processo. Segundo a presidente da instituição, Maria Margarida de Mello, o doador agora consegue acompanhar no site da instituição o valor doado no dia seguinte à entrega.

"Espero que as pessoas continuem doando e nos visitando", diz Maria Margarida.

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