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Detentos da Penitenciária Esta­­dual de Piraquara 2 (PEP 2), na região metropolitana de Curitiba, mantiveram um agente penitenciário como refém durante mais de quatro horas na manhã de ontem. O motim foi comandado por três detentos e aconteceu na sexta galeria do bloco 3, onde estavam abrigados 36 internos. Alegando estarem sendo ameaçados de morte, os rebelados reivindicavam transferência para unidades do interior. Após a rebelião eles foram encaminhados para o Centro de Observa­­ção Criminoló­­gica e Triagem, de onde seriam transferidos para Londrina ou Maringá.

A rebelião teve início por volta das 8h30, quando os três detentos renderam o agente Fábio Augusto Martella, que entregaria medicamentos na cela. As equipes do batalhão isolaram o local, evitando que o motim se alastrasse.

Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Secretaria de Justiça também participaram das negociações, que se estenderam até por volta das 13 horas. Martella foi liberado sem que ninguém ficasse ferido. Na cela onde ocorreu o motim foram encontradas seis facas improvisadas, usadas para render o agente.

Reivindicações

Segundo o comandante do Bope, tenente coronel Nerino Mariano de Brito, os detentos reivindicavam também revisão processual, melhor alimentação e a oferta de cursos profissionalizantes. Ape­­sar das ameaças de morte feitas aos três detentos, Nerino assegurou que o motim não teve relação com facções criminosas.

O vice-presidente do Sindica­­to dos Agentes Penitenciários do Paraná, Antony Johnson, que acompanhou o motim, reclama do número reduzido de profissionais no complexo penitenciário de Piraquara. De acordo com ele, são 30 agentes para atender 900 detentos. "O ideal seria que houvesse pelo menos o dobro", aponta.

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