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Maringá – Os detentos do mini-presídio da 9.ª Subdivisão de Polícia Civil fizeram oito pessoas como reféns, incluindo religiosos, durante uma rebelião que durou mais de três horas ontem, em Maringá. Os presos faziam sinais com as mãos indicando a superlotação. A cadeia tem capacidade para 156 detentos, mas abrigava 405, dos quais aproximadamente 70 já foram condenados e podem ser transferidos para penitenciárias.

Os rebelados fizeram 12 reivindicações, incluindo maior flexibilidade no horário de visita para as famílias que moram em outra cidade, melhoria na estrutura da carceragem devido ao intenso calor e assistência médica e odontológica. O delegado-chefe da Polícia Civil, Marcolino da Costa, anunciou que já deve atender alguns dos pedidos. Ele também comentou que aguarda posição da Secretaria de Estado de Segurança Pública sobre a possibilidade de transferência de alguns detentos para a Colônia Penal Agrícola, em Piraquara (região metropolitana de Curitiba).

A rebelião ocorreu três dias após a transferência de Décio Basso, o médico que teve seu registro no Conselho Regional de Medicina cassado e foi enviado para a Penitenciária Estadual de Maringá. Basso prestava atendimento médico para os que adoeciam na carceragem, e o delegado Costa considerava que seu trabalho na cadeia colaborava para manter os detentos tranqüilos e reduzia os riscos de rebelião.

Ninguém ficou ferido durante o protesto, que começou após uma tentativa frustrada de fuga de um dos presos por volta das 10h30. Depois, os detentos fizeram voluntários e religiosos reféns durante uma missa. Os rebelados não estavam armados e ninguém ficou ferido, mas houve tensão quando o reforço da Polícia Militar chegou com aproximadamente 30 homens armados. A negociação foi feita com uma comissão de seis presos, padres, policiais e promotores de Justiça.

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