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As 34 pessoas presas no mês passado durante a Operação São Francisco, que investigou o tráfico internacional de aves a partir do Paraná, serão indiciadas amanhã pela Polícia Federal. As investigações apuraram que o grupo era responsável por um dos maiores esquemas de compra e venda de animais, que movimentaria R$ 5 milhões por ano. Cerca de 10 mil aves silvestres, algumas ameaçadas de extinção, foram apreendidas na ação comandada pela PF, em parceria com o Ibama. Todos já foram soltos.

De acordo com o chefe da delegacia ambiental da PF, Rubens Lopes da Silva, o Mi­­­nistério Público Federal deverá apresentar denúncias contra eles até o dia 30. Outras 60 pessoas poderão ser indiciadas nos três estados. O esquema funcionava com a ajuda de funcionários públicos, como fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e servidores do Tribunal de Contas do Estado, da Assembleia Legislativa e da Força Verde.

Corte ilegal

Um dos acusados, o ex-diretor de Controle de Recursos Ambientais do IAP, Harry Luiz Ávila Teles, foi envolvido em outra denúncia. De acordo com a Secretaria Mu­­nicipal do Meio Ambiente de São José dos Pinhais, Teles foi responsável por uma autorização irregular para corte de pinheiros no município.

Segundo a secretária de Meio Ambiente da cidade, Edilaine Viera da Silva, o corte não poderia acontecer porque a vegetação da área estava em estágio de crescimento. Ela diz que um memorando escrito pelo ex-diretor do IAP sugeria a suspensão de autorizações para cortes nesses casos. "O proprietário já havia assinado um termo de compromisso de recuperação pelo corte de 50 árvores na mesma área, não entendo como deram autorização para novo corte", comenta a secretária. Foram cortados 2,5 mil metros quadrados de árvores de uma área total de 1,4 hectares.

Em nota, o IAP informou que engenheiros florestais do órgão constataram a possibilidade de autorização para o corte na área, dentro dos critérios da Lei da Mata Atlântica. Teles não foi encontrado para comentar o caso. No IAP a informação foi que ele está de férias. A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público do Paraná.

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