O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) voltou a acusar grevistas do Sindicato dos Servidores do Detran (Sisdep) de impedirem usuários de entrar em uma das sedes do órgão. Dessa vez o problema teria ocorrido na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Paranaguá, no Litoral do Paraná, na manhã desta terça-feira (3).

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De acordo com o órgão, nenhum dos sete servidores da Ciretran aderiram ao movimento de greve, mas cinco grevistas que vieram de outros locais teriam causado o bloqueio e dificultado o acesso de usuários. A ação, segundo nota enviada pela autarquia, é uma “prova inequívoca de que o movimento dificulta o trabalho dos mais de 700 servidores estatutários que não aderiram à paralisação e que representam 80% do total de estatutários do órgão”, diz o texto.

Uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) ao Detran-PR garante que os servidores em greve não podem impedir o acesso de usuários, nem bloquear entrada de funcionários. A liminar ainda proíbe, segundo o Detran-PR, ocupações e depredações aos prédios públicos do órgão. Em caso de descumprimento, os grevistas estão sujeitos a pagar multa diária de R$ 5 mil.

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Grevistas negam

O Sisdep voltou a negar que servidores em greve estejam impedindo a entrada de outros funcionários e de usuários dos serviços no departamento. Segundo a secretária do Sisdep, Silvia Penerotti, os grevistas somente fazem a triagem dos serviços básicos prestados e dão apoio nas unidades aos servidores em greve. “O mesmo procedimento é feito em todas as unidades Não há impedimento de acesso a elas”, diz.

Sobre a liminar na Justiça, Silvia diz que o sindicato ainda não foi notificado oficialmente. “Inclusive estamos acampados aqui em frete ao TJ, no Centro Cívico, em Curitiba, e não recebemos notificação.

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A paralisação, de acordo com Silvia, envolve um número maior de servidores, em torno de 80% dos que trabalham no órgão, o que representa 600 pessoas. Quatro serviços básicos são mantidos pelos grevistas, segundo o Sisdep: liberação de veículos apreendidos pela Polícia Militar, documentação para veículos direcionados a serviços essenciais – como ambulâncias – exames práticos para a primeira habilitação para aqueles candidatos que estão com o vencimento dos exames para os próximos 30 dias e apreensão de habilitações que foram suspensas, bem como liberação da habilitação para motoristas que já fizeram cursos de reciclagem.

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Assembleia

Segundo Silvia, os grevistas esperam uma resposta do governo sobre a proposta de criação do quadro próprio para marcarem uma assembleia da categoria. “Esperamos a resposta até amanhã. A realização da assembleia está condicionada à proposta”, diz a secretária do sindicato.

Na segunda-feira (2), o vice-presidente do Sisdep havia dito à reportagem que a assembleia seria realizada na sexta-feira, mas o sindicato corrigiu o posicionamento e, segundo Silvia, somente se a proposta for concreta ela será levada à assembleia.