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Rio de Janeiro - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comemorou ontem, durante a cerimônia de lançamento do programa Petrobras Ambiental, a redução nos índices de desmatamento no país, segundo ele em torno de 60% a 70% em julho, em relação a julho do ano passado. Na comparação com junho, de acordo com Minc, a queda foi de 50% a 60%. Os números oficiais deverão ser divulgados no fim do mês pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

"Isso é prova de que não é só com fiscais que se diminui os desmatamento", comentou. "Estamos combinando fiscalização com outras ações, como o decreto que impede o Banco Central de dar crédito para quem está ilegal ou desmatando. Além disso, agilizamos os licenciamentos ambientais, que estão mais rápidos e mais rigorosos."

Segundo o ministro, a fiscalização da Amazônia é um trabalho conjunto da Polícia Militar dos estados, da Polícia Federal, do Exército e da Aeronáutica. "Fomos com tudo para cima", disse. "Tem um monte de gente da frente ruralista querendo voar no meu pescoço, mas tudo bem, isso já é outra história."

Ele lembrou ainda a fiscalização nas BRs 163 e 364, no Norte do país. "Acho que o fator mais forte foi a mudança da estratégia de fiscalização nos entroncamentos rodoviários", avaliou

Acordos

Minc também atribui o resultado aos acordos setoriais com a cadeia produtiva. "Trata-se de uma conseqüência do aumento da fiscalização combinada com alternativas produtivas, como a portaria que eu e o ministro da Agricultura estaremos assinando nos próximos dias de preços mínimos para dez produtos do extrativismo", explicou.

Segundo o ministro, no próximo dia 29 o Inpe vai divulgar um relatório completo sobre queimadas e desmatamentos em julho, tradicionalmente um dos períodos mais críticos do ano, devido à estiagem e ao clima seco. A assessoria de imprensa do instituto confirmou a data, mas informou que não comenta os números antes de sua divulgação.

O repórter viajou ao Rio de Janeiro a convite da Petrobras.

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