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Videolocadoras em crise

A destruição aconteceu três dias depois da criação de um núcleo da Associação Paranaense de Combate à Pirataria (APCP) em Londrina, fomentada por um grupo de donos de videolocadoras que tentam frear a venda de DVDs piratas em Londrina. Dez donos de locadora assistiram à destruição. Na avaliação do advogado que representa o grupo, Josafá Guimarães, existe uma questão política na falta de combate a pirataria. "A representatividade dos camelôs e ambulantes é maior do que a dos donos de locadoras. Tenho certeza de que, se as locadoras começassem a comprar DVD pirata para locar, a fiscalização iria em cima", opinou. Ricardo Ribeiro, dono de videolocadora, considerou a ação positiva, mas insuficiente. "È um bom começo, mas é muito pouco perto do que existe por aí", afirmou.

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A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina, no Norte do Paraná, destruiu na manhã desta quinta-feira (4) cerca de dez mil CDs e DVDs apreendidos em ações de fiscalização. Também foram destruídos de sol e frascos de perfume.

Os produtos foram inutilizados não pelo fato de serem pirateados, mas por estarem sendo vendido sem que o ambulante tivesse o alvará da CMTU. A CMTU afirma que não tem competência para coibir a falsificação.

Comércio ilegal

Minutos antes da destruição, na usina de asfalto no Pavilon (zona sul), a reportagem do Jornal de Londrina flagrou, no Calçadão, três ambulantes comercializando DVDs piratas e dois vendendo óculos de sol, na esquina das ruas Minas Gerais e Maranhão, no final do Calçadão. Enquanto isso, quatro fiscais de posturas da CMTU estavam posicionados no Calçadão, na esquina com a Rua João Cândido, e outros dois transitavam em uma viatura da companhia, próximo à Rua São Paulo. Os agentes que estavam mais perto dos ambulantes mantinham distância de duas quadras.

Questionado a respeito da orientação dada aos fiscais, o diretor de Trânsito da CMTU, Álvaro Grotti, afirmou que os fiscais fazem apreensões somente com o apoio de policiais militares – trata-se de uma medida de segurança. A CMTU tem 12 agentes de postura.

Destruição

Os produtos foram esmagados por um rolo compressor e depois, encaminhados ao aterro controlado. O material foi apreendido em 86 ações de fiscalização, desenvolvidas entre junho e setembro. Antes mesmo da destruição, os discos – todos piratas - haviam sido perfurados para impedir sua utilização.

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