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Cascavel - Um grupo de dez presos que cumprem pena na Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC) começou a trabalhar na conservação de rodovias na região Oeste do estado. O trabalho faz parte de um termo de cooperação técnica firmado entre as secretarias de Justiça e dos Transportes. Eles são acompanhados por um funcionário do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e por agentes penitenciários durante a jornada de trabalho.

De acordo com Milton Po­­dolak Junior, superintendente regional do DER, os trabalhos foram iniciados com dez detentos, mas a proposta é aumentar para 20 trabalhadores. "Eles vão trabalhar na conservação da faixa de domínio, como na limpeza de sarjetas, meios-fios, lavagem de placas e recomposição de sinalização. Nós estamos seguindo uma experiência que começou em Curitiba e está funcionando muito bem. Por isso resolvemos adotar aqui", diz Podolak.

O termo de cooperação foi assinado há três meses e colocado em prática agora. Du­­rante todo o dia de ontem, os presos trabalharam na rodovia PR-486, que liga Cascavel ao município de Tupãssi. Segun­do Podolak, a responsabilidade em transportar e fornecer alimentação aos detentos é do DER. O grupo deixou o presídio às 7 horas da manhã e re­­tor­­nou no fim da tarde, às 17 horas.

Boa vontade

O trabalho dos detentos ajudará a suprir a falta de mão de obra do DER, que tem uma equipe para esse tipo de serviço. "Para nós é importantíssimo esse auxílio. Os funcionários do DER já são trabalhadores em idade avançada", ressalta Podolak. Já os presos deslocados para a rodovia estão na faixa entre 21 e 28 anos.

O Departamento acredita que isso fará com que os trabalhos sejam agilizados. "Na­­turalmente o pessoal não está acostumado a trabalhar com isso. No primeiro dia deu pra perceber que eles tiveram dificuldades, mas mostraram boa vontade. Vai dar certo", afirma.

O termo de cooperação assinado em agosto prevê que os detentos trabalhem por um período de 17 meses. Para cada três dias trabalhados, eles ganham um dia de remissão do tempo que deveriam cumprir na prisão. Além disso, vão receber o equivalente a 75% do valor do salário mínimo. Os 25% restantes serão repassados ao Fundo Penitenciário.

Bom comportamento

Os dez presos foram escolhidos pelo bom comportamento e fazem parte do regime semiaberto. "Todos já tiveram pelo menos uma portaria de visita a familiares, saíram e retornaram", afirma Juarez Alves Pe­­reira, diretor da penitenciária. Atual­mente, dos 340 presos que cumprem pena na unidade prisional, 273 trabalham.

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Presos com bom comportamento devem prestar serviços fora das unidades prisionais?

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