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Dez suspeitos foram mortos e outros cinco detidos em uma perseguição policial que já durava nesta terça-feira (18) 84 horas para prender criminosos que explodiram caixas eletrônicos em um shopping de Caraguatatuba (litoral norte de São Paulo).

O cerco que envolveu cerca de 450 policiais em esquema de revezamento entrou nesta terça no quarto dia, com buscas na mata e num raio de mais de 90 quilômetros do local do crime.

Na fuga dos bandidos, uma mulher chegou a ser feita refém, uma escola foi invadida e um caminhão foi usado para bloquear uma estrada.

Três PMs foram feridos na operação, mas nenhum deles com gravidade. Segundo a polícia, os dez suspeitos foram mortos em confrontos.

"Aqueles que se entregaram estão vivos", disse o coronel Cassio Roberto Armani, comandante da operação.

De acordo com a polícia, os suspeitos (com idades entre 23 e 34 anos) pertencem a cidades dos litorais norte e sul. Parte já tinha passagem pela polícia por outros crimes.

A perseguição aos criminosos teve início na manhã de sábado (15), minutos após a quadrilha com mais de 15 homens armados de fuzis e pistolas explodir seis caixas eletrônicos instalados no interior do shopping Serramar Parque.

Os criminosos entraram pelos fundos do centro de compras após render funcionários de uma empresa e uma fazenda que fazem divisa com o empreendimento. Os vigias do shopping também foram feitos reféns pelo bando.

Além dos caixas eletrônicos, os criminosos aproveitaram para roubar também três lojas, entre elas uma joalheria e uma de eletrônicos.

A situação dos criminosos se complicou quando, na fuga, o guia do grupo levou o comboio de três veículos para uma estrada errada. Os suspeitos acabaram encurralados pela polícia na Serra do Mar.

Os criminosos abandonaram os veículos e entraram na mata. A PM acionou seu grupo especial para atuar em matas e florestas, o Comando de Operações Especiais (COE).

Foram os homens desse grupamento que conseguiram localizar os primeiros criminosos ainda na tarde de sábado (15). Segundo a PM, houve confronto com quatro criminosos. Um morreu e três conseguiram fugir.

No domingo (16), dois suspeitos foram presos. Um deles disse ser o encarregado de ter guiado a quadrilha.

"Ele confessou ter participado do crime e disse que estava fugindo do próprio grupo. Como sua função era mostrar o caminho correto, mas errou a estrada, eles queriam matá-lo ali mesmo no mato", disse o capitão Cesar Pozzato, do COE.

Os confrontos mais violentos ocorreram na madrugada e manhã desta terça com um total de seis mortos. Metade das mortes ocorreu em Biritiba-Mirim, a cerca de 90 km de Caraguatatuba.

A perseguição e a troca de tiros entre policiais e bandidas provocou pânico nos moradores da cidade com pouco mais de 30 mil habitantes.

Uma mulher chegou a ser feita refém dentro de uma base da Polícia Militar invadida por criminosos. Houve negociação, e os suspeitos se entregaram e foram presos.Outra parte dos criminosos se refugiou em uma escola de Biritiba-Mirim. Não havia movimento no local na hora da invasão.

Com a chegada dos policiais, os bandidos saíram e foram atingidos. Três foram mortos e outros três, presos. A polícia recuperou cerca de R$ 170 mil.

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