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A Operação Quinhão I, feita pela Polícia Federal de Guarapuava, prendeu 17 pessoas envolvidas com a extração, transporte, receptação e comércio e beneficiamento de madeira ilegal extraídas de áreas públicas e privadas na região de Pinhão, município do Centro-Sul do Paraná. O grupo não tinha autorização dos órgãos ambientais competentes.

Os membros das quadrilhas já haviam sido autuados por extração ilegal de madeira. Na ocasião, foi feita a lavratura de oito termos circunstanciados por crimes ambientais. Após serem constatadas as irregularidades, as quadrilhas passaram a utilizar de DOFs – Documentos de Origem Florestal - e notas fiscais falsas para o transporte da carga, a fim de dissimular a origem ilícita da madeira e dar a aparência de legalidade.

Segundo o delegado Maurício de Brito Todeschini, as pessoas envolvidas faziam parte de dois grupos especializados na retirada e no comércio ilegal de imbuia e araucária. "Eles trabalhavam durante a madrugada para não levantar nenhuma suspeita e também tinham olheiros para avisar da chegada da polícia. Eram grupos bem organizados", relata o delegado.Investigações

As investigações, iniciadas em abril de 2011, mostraram que a madeira em toras era cortada e beneficiada em serrarias do município de Pinhão ou de Curitiba. O transporte era feito em caminhões de pessoas do próprio grupo.

Os maquinários utilizados para beneficiar a madeira ilegal receptada foram lacrados. Também foi feito o bloqueio judicial de ativos financeiros até o limite de R$ 300 mil para cada proprietário, sócio ou responsável de fato pelas serrarias envolvidas, inclusive dos valores mantidos em contas pessoais e em nome das próprias pessoas jurídicas.

Foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva, 21 mandados de busca e apreensão domiciliar (19 nas residências dos envolvidos e dois nas serrarias), um mandado de condução coercitiva, além de oito mandados de busca e apreensão para os caminhões identificados como habitualmente utilizados para o transporte.

Outros três envolvidos, dois do município de Pinhão e um de Curitiba, não foram encontrados pela Polícia Federal. Os detidos foram encaminhados à 14.ª Subdivisão Policial Civil, onde ficam à disposição da Justiça.

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