A secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou o primeiro caso autóctone de zika na região. Com isso, sobe para 20 o número de Estados do País com circulação confirmada do vírus, transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti. A mulher, de 29 anos, reside no Plano Piloto, está grávida e não viajou nos últimos meses, o que confirma a transmissão ocorrida no DF. Testes realizados no bebê indicam que o perímetro cefálico é condizente com a idade gestacional, afastando, a princípio, o diagnóstico de microcefalia.
A secretaria confirmou ainda outros dois casos de infecção pelo agente nesta sexta. Ambos, no entanto, são importados. As duas pacientes também estão grávidas. Uma reside em Águas Claras, tem 36 anos e outra, em Santo Antonio do Descoberto, região do entorno de Goiás, tem 37 anos. “A suspeita é de que, no caso de Águas Claras, a paciente tenha contraído o vírus durante o feriado do Natal”, afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Tiago Coelho. Todas as gestantes estão sendo acompanhadas.
A partir de agora será feita uma investigação epidemiológica para identificar o local onde o vírus foi contraído. No Distrito Federal, já haviam sido identificados outros dois casos de zika, mas ambos eram importados. Com isso, sobe para quatro o número de casos confirmados de zika no DF: três importados e um autóctone. Dois deles afetam gestantes.
Atualmente existem 500 agentes de vigilância ambiental atuando na região para combate ao vetor do mosquito. O número está aquém ao que seria necessário, estimado de 1.300. “A preocupação em torno do zika é perene. Não é porque houve a confirmação de um caso que isso se acentua”, disse o subsecretário.
As duas pacientes do GDF começaram a apresentar os sintomas entre fim de dezembro e início de janeiro. Procuraram a rede assistencial e fizeram o exame no Laboratório Central.
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