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A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo investiga as mortes dos pescadores João Luiz Telles Penetra, de 40 anos, e Almir Nogueira de Amorim, de 45 anos. Eles eram integrantes da Associação dos Homens do Mar da Baía de Guanabara, entidade que defende a pesca artesanal no estado, e foram encontrados mortos com mãos e pés amarrados. O corpo de João Luiz foi achado ontem na Praia do Gradim, em São Gonçalo. Almir foi encontrado no domingo na Praia de Mauá, em Magé. Eles foram vítimas de afogamento.

O delegado que investiga o caso, Alan Luxardo, disse que nenhuma hipótese está descartada, mas o crime pode ter relação com o local em que os homens estavam pescando: "Era uma área de currais (armadilhas para peixes), e isto pode ter desagradado a alguém. Vamos ouvir todos os parentes para que possamos elucidar o caso."

Amigo das vítimas, Alexandre Anderson de Souza, que anda com escolta armada há dois anos, desde que começou a receber ameaças, acredita que os assassinatos sejam um "recado" de grupos insatisfeitos com os pescadores artesanais.

"Eram homens pacatos, viviam da pesca. As famílias relataram que eles nunca haviam sofrido ameaças, nada. Nosso movimento desagrada a muitas pessoas. Eu mesmo tenho recebido muitas ameaças", disse Alexandre Anderson, que integra, desde 2009, o Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos. "Já tivemos dois colegas assassinados, há dois anos."

Durante a Cúpula dos Povos, a Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara participou de um fórum sobre sustentabilidade e meio ambiente, promovido pela Fiocruz. O instituto coordena um trabalho sobre a extinção da pesca artesanal na Baía de Guanabara.

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