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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (3) que seu governo "não ficará quieto" diante dos bloqueios em estradas, realizados desde a última segunda-feira (1º) em pelo menos nove estados. Disse ainda que o governo não irá negociar com manifestantes que promovem esse tipo de "processos disruptivos da ordem".

Ao menos sete estados continuam nesta quarta-feira com rodovias interditadas no terceiro dia de protestos de caminhoneiros. Os bloqueios ocorrem na Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os motoristas permitem a passagem apenas de ônibus e carros. Todos os caminhões são obrigados a parar.

Os manifestantes reivindicam soluções para questões nacionais da categoria, entre elas, o subsídio no preço do óleo diesel, isenção do pagamento de pedágios para caminhões e criação da secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas.

A presidente discursou durante solenidade no Palácio do Planalto sobre autorização de concessões de portos brasileiros. "Lá na nossa bandeira está escrito 'ordem e progresso. Estou falando do progresso, que é a construção da infraestrutura. Mas eu também queria falar da ordem: é fundamental no país que estradas não sejam interrompidas. E o meu governo não ficará quieto perante processos de interrupção de rodovias", disse.

"Não tenham dúvidas, o governo não negocia isso. Não concordamos com processos que levem a qualquer turbulência nas atividades produtivas e na vida das pessoas", completou.

Diante das recentes manifestações pelo país, a presidente indicou que não vê relação entre os bloqueios e os atos das últimas semanas. "Uma coisa são manifestações pacíficas que muito engrandecem o país, outra coisa completamente diferente é acreditar que o país possa viver sem normalidade e estabilidade."

"Certo tipo de processos são disruptivos da ordem prevalecente. E o Brasil precisa de ordem tanto para a democracia, quanto para sua economia, quanto para a vida de cada um dos brasileiros e brasileiras", afirmou a presidente.

Na terça-feira (2), o ministro dos Transportes, César Borges, já havia afirmado que as reivindicações dos caminhoneiros são "impossíveis de serem atendidas".

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