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A presidente Dilma Rousseff se mostrou categoricamente contra a anistia dos policias grevistas da Bahia. "Por reivindicar, as pessoas não têm de ser presas nem condenadas, mas por atos ilícitos, por crimes contra o patrimônio, crimes contra a pessoa e contra a ordem pública, não pode ser anistiado", disse ela em rápida entrevista ao vistoriar obras da ferrovia Transnordestina no município de Parnamirim, sertão pernambucano, a 561 km do Recife.

"Se anistiar, aí vira um país sem regra." A presidente afirmou que o Brasil tem hoje uma visão de garantia da lei e da ordem muito moderna. "Nós não consideramos que seja correto instaurar o pânico, instaurar o medo e criar situações que não são compatíveis com a democracia."

"Não concordo em alguns casos, de maneira alguma, com processo de anistia que parece sancionar qualquer ferimento da legalidade não concordo e não vou concordar", enfatiza.

Segundo ela, numa democracia sempre se tem que considerar legítimas as reivindicações, mas há forma de reivindicar. "Não considero que aumento de homicídios na rua, queima de ônibus, entrada em ônibus encapuzados, sejam uma forma correta de conduzir o movimento", acrescentou ela, que disse ter ficado "estarrecida" ao assistir as gravações entre líderes de movimentos da Polícia Militar divulgadas pela TV Globo na noite de quarta-feira.

"Há outros interesses envolvendo toda essa paralisação", completa. A presidente disse aguardar com muita expectativa o desenrolar de todos os acontecimento e garantiu que o governo federal vai agir prontamente com suporte e apoio aos governadores sempre que eles peçam. "Em os governos solicitando, terão presença garantida do governo federal em todas essas questões", finaliza.

PMs decidem manter greve na Bahia

Após deixarem a área da Assembleia Legislativa da Bahia, os PMs que promovem a paralisação parcial da categoria no estado desde o dia 31 realizaram uma reunião na sede do Sindicato dos Bancários, no centro de Salvador, na qual decidiram manter a greve. Segundo lideranças sindicais, decisões semelhantes foram tomadas em assembleias de PMs realizadas em outras grandes cidades baianas, como Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista e Barreiras. No fim da tarde, a associação de oficiais da PM no estado realizará assembleia para decidir se a categoria também adere à paralisação.

Cerca de 400 pessoas participaram da assembleia em Salvador, em que foi impedida a entrada da imprensa. Ficou definido que os policiais permanecerão parados até que o governo aceite pagar a Gratificação de Atividade Policial de nível 4 em março e que sejam revogados os 12 mandados de prisão emitidos pela juíza Janete Fadul contra os líderes do movimento.

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