• Carregando...
Dilma disse que está otimista na “superação das dificuldades”. | Ueslei Marcelino/Reuters
Dilma disse que está otimista na “superação das dificuldades”.| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Cinco dias após os principais partidos de oposição lançarem um movimento pelo impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta terça-feira (15) que o governo vai fazer “tudo para impedir que processos não democráticos cresçam e se fortaleçam”. Segundo Dilma, o Palácio do Planalto “está atento” a todas as tentativas de “produzir instabilidade” no país.

“O Brasil conquistou uma democracia a duras penas, eu sei o que estou dizendo, quantas penas duras foi para conquistar a democracia. Nós não vamos, em momento algum, concordar, ou, faremos tudo para impedir que processos não democráticos cresçam e se fortaleçam”, declarou a presidente após participar de evento no Palácio do Planalto.

Momentos antes da cerimônia para entrega do Prêmio Jovem Cientista, Dilma se reuniu com presidentes de partidos aliados e líderes da base na Câmara dos Deputados, dos quais recebeu um manifesto em apoio a seu mandato (leia mais ao lado). O objetivo do encontro era que Dilma pedisse apoio dos parlamentares ao pacote de ajuste fiscal anunciado pelo governo na segunda-feira (14), com cortes de R$ 26 bilhões mais aumento e criação de impostos.

Em uma relação cada vez mais difícil com sua base aliada e derrotas subsequentes no Congresso, a presidente não quis detalhar quem vai assumir a tarefa de articular no Legislativo a aprovação do pacote. Isso porque diversos parlamentares da base e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompido oficialmente com o governo, já afirmaram que será “muito difícil” aprovar a criação de novos impostos.

Segundo Dilma, após a reforma administrativa, que será anunciada até a próxima quarta-feira (23) com corte de ministérios e cargos comissionados, ficará mais clara a figura do novo articulador, que vai assumir o posto que até o mês passado era ocupado pelo vice-presidente Michel Temer.

CPMF

A presidente afirmou ainda que a proposta de recriar a CPMF, imposto provisório que será destinado à Previdência Social, terá alíquota de 0,2% “carimbada”. No entanto, não descartou possíveis mudanças no valor após votações no Legislativo. “O governo não aprova a CPMF, quem aprova é o Congresso”, disse Dilma. A presidente afirmou ainda que está “extremamente otimista na superação das dificuldades” que o país enfrenta.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]