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A presidente Dilma Rousseff recebeu lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) na tarde desta quinta-feira (8), em São Paulo, para discutir o acesso ao programa Minha Casa, Minha Vida, uma das principais reivindicações do movimento de moradia.

Dilma atendeu a um pedido do líder do movimento dos sem-teto de São Paulo, Guilherme Boulos, e os recebeu pessoalmente antes de determinar que uma equipe do Ministério das Cidades irá receber a comissão que representa o MTST nos próximos dias para tratar do acesso ao Minha Casa Minha Vida.

O encontro durou cerca de 20 minutos e aconteceu na pista de pouso no bairro de Itaquera, zona leste da capital paulista, perto da Arena Corinthians. Dilma faz uma visita ao estádio que vai sediar a abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho.

Segundo Boulos, a presidente se comprometeu a estudar a situação do terreno e a possibilidade de transformá-lo em moradia popular. "Ela [presidente] se comprometeu a estudar a possibilidade de uma intervenção federal na Copa do Povo e, eventualmente, uma desapropriação", disse Boulos.

De acordo com Boulos, a ideia é o governo federal arcar com o curto da desapropriação. No fim da pequena reunião, Boulos e seus companheiros posaram para fotos ao lado da presidente.

Considerado área rural, o terreno onde está a invasão Copa do Povo não paga IPTU, conforme a Folha de S.Paulo mostrou na última quarta-feira. Paga apenas o ITR (Imposto Territorial Rural), que é um tributo federal.

Em 2008, foi cobrado dos proprietários o equivalente a R$ 72 de ITR – R$ 57 do imposto somados à multa por atraso.

Foi neste ano que a construtora Viver (ex-Inpar) comprou a área por R$ 5,2 milhões. Segundo a última avaliação do terreno registrada no cartório de imóveis, em 2013, o terreno já custaria R$ 22 milhões.

O MTST quer agora que o terreno seja usado para garantir reforma agrária, já que está em área rural. Por isso, pedem a intervenção da presidente Dilma.

Protestos

Integrantes do movimento sem-teto e sem-terra suspenderam na tarde de hoje as três manifestações iniciadas simultaneamente durante a manhã, em São Paulo, para aguardar uma reunião com Dilma. No entanto, outro grupo vindo do Grajaú, na zona sul, bloqueia na tarde de hoje a avenida Paulista, na região central.

Mais cedo, ao menos 300 pessoas se reuniram na praça do Ciclista, na avenida Paulista, 700 nas estações Butantã do metro e Berrini da CPTM e 400 em avenidas do bairro de Interlagos, na zona sul. Nos três atos, o alvo dos manifestantes foram grandes empreiteiras com sede na capital --OAS, Andrade Guitierrez e Odebrecht.

O lobby de duas construtoras foi invadido por parte dos manifestantes. Por volta das 10h, cerca de 100 pessoas tomaram o saguão de entrada da Odebrecht, picharam, colaram cartazes e atiraram bexigas de tinta nas paredes. Os seguranças tentaram impedir a ação e começou um tumulto.

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