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Cunha e Dilma: relação tensa. | Geraldo Magela/ Agência Senado/Fotos Públicas
Cunha e Dilma: relação tensa.| Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado/Fotos Públicas

A presidente Dilma Rousseff (PT) poderia ter enfrentado ainda mais resistência política no início do seu primeiro mandato, mas a eleição do aliado Marco Maia (PT-RS) para a presidência da Câmara dos Deputados (fevereiro de 2011- fevereiro de 2013) garantiu alguma tranquilidade à petista. No cargo, Maia conseguia ditar a pauta do plenário, muitas vezes barrando projetos que poderiam desgastar o Planalto.

O estilo Dilma de governar a afundou politicamente

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Na época, ainda valia o acordo informal entre PT e PMDB, que garantia a alternância dos dois maiores partidos no comando da Câmara. O sucessor de Maia, portanto, foi Henrique Alves (PMDB-RN), que, como líder do partido na Câmara, havia criticado Dilma em várias ocasiões e foi o grande articulador da votação do Código Florestal, contrário aos interesses do Planalto.

Durante seu mandato, Alves articulou para colocar em pauta vários projetos prejudiciais ao governo federal, como o das emendas impositivas, aprovada em agosto de 2013. Ele sempre negou que articulasse uma pauta-bomba. As manifestações de rua de junho de 2013, reivindicando mais direitos sociais, marcaram um período de maior conformação entre Planalto e Congresso. Trabalharam juntos na aprovação da PEC 37, garantindo ao Ministério Público o poder de investigação, e a aprovação do Programa Mais Médicos, para levar mais profissionais ao interior e em áreas carentes. Mas Henrique Alves bancou uma minirreforma eleitoral que era contrária aos interesses do PT.

Em 2014, Alves voltou ao embate com Dilma, principalmente nos últimos meses do ano, depois de perder a eleição para o governo do Rio Grande do Norte. Mesmo com a presidente reeleita, a Câmara sustou um decreto dela que havia criado a Política Nacional de Participação Social.

No começo de 2015, Dilma bancou a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Casa, tido como grande erro político. Mas Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que nos dois anos anteriores foi líder do PMDB na Casa, já havia pavimentado o caminho da vitória e foi eleito para o cargo no qual teve plenos poderes para conduzir o processo de impeachment da petista. Antes disso, manobrou o quanto pôde para garantir a aprovação da PEC da maioridade penal, além de outros projetos de irresponsabilidade fiscal que prejudicaram ainda mais o já falido governo de Dilma Rousseff.

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