Dinamite era estocada em buraco na RMC

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A polícia de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba (RMC), descobriu na noite de segunda-feira 90 bananas de dinamite e 10 espoletas (utilizadas para detonar o material) enterradas no pátio de uma pedreira. A ação teve auxílio da equipe anti-bomba do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar.

Por volta das 19 horas, a Polícia Rodoviária Estadual deteve Cristiano de Paula Andrade, 18 anos, e um adolescente de 17 anos que andavam no acostamento da Rodovia dos Minérios. Por meio de uma ligação anônima, os policiais ficaram sabendo que ambos estariam armados. Na revista, uma espingarda foi encontrada enrolada em um pano. O adolescente informou que teria comprado a arma de dois moradores da região.

A polícia foi atrás de dois homens conhecidos como Zezinho e Piazinho, no bairro São João Batista. A dupla fugiu pelos fundos, mas na casa foram encontradas uma arma caseira e duas bananas de dinamite. O adolescente apontou uma terceira pessoa, Alexandro Leme, 21 anos, que também teria explosivos furtados em casa. No entanto, na residência de Leme, no bairro Campo Comprido, em Curitiba, os investigadores não encontraram nada.

Em depoimento, Leme confessou já ter furtado uma caixa com 200 bananas de dinamite há dois anos. Porém, atualmente, Zezinho e Piazinho estariam fazendo esse trabalho. "Ele não tinha noção do que fazia, poderia explodir a qualquer momento", afirma o investigador Adriano Bosco, da Delegacia de Almirante Tamandaré.

Leme levou os investigadores à pedreira, na Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, de onde as dinamites eram retiradas. Lá, os policiais se depararam com uma infração às normas de segurança – ao invés dos explosivos e espoletins serem mantidos em paióis diferentes, todo o material estava enterrado no mesmo buraco.

Responsáveis pela pedreira deverão prestar esclarecimentos. A polícia investiga para quem os explosivos eram repassados.